Alto Risco de Sangramento após a ATC: mais evidência para DAPT de curta duração

A dupla antiagregação plaquetária (DAPT) com AAS e P2Y12 durante 6 a 12 meses é a estratégia indicada depois da realização das ATC com DES para reduzir os eventos isquêmicos. No entanto, nos pacientes com risco elevado de sangramento (HBR) a recomendação dos guias e dos especialistas é de 1 a 6 meses já que não contamos com muita evidência para além de um estudo randomizado – o MASTER DAPT – e diferentes análises ou registros. 

Alto Riesgo de Sangrado luego de la ATC: más evidencia para DAPT de corta duración

Nesta metanálise de 932 estudos foram selecionados 3 trabalhos randomizados e controlados com 8895 pacientes e 3 estudos nos quais tinha sido utilizado protensity matched com 7953 pacientes que apresentavam HBR. Dentre eles, 8422 receberam DAPT durante 6-12 meses (L-DAPT) e 8426 receberam DAPT durante 1-3 meses (S-DAPT).

Os pacientes que receberam S-DAPT evidenciaram menor taxa de sangramento em comparação com os que receberam L-DAPT (2,6% vs. 3,8%) [OR 0,68; 95% CI 0,51-0.89 absolute risk difference -1,2%]. Não houve diferença em termos de MACE nem de morte, AVC ou IAM. A presença de trombose de stent também foi similar, embora tenha sido numericamente superior no grupo S-DAPT, sem alcançar a significância estatística. 

Conclusão

Entre os pacientes com HBR que são tratados com stents eluidores de fármacos da atual geração, a S-DAPT reduziu o sangramento sem incremento do risco de morte em comparação com a L-DAPT. Mais pesquisas são necessárias para avaliar a trombose tardia do stent após 1 a 3 meses de DAPT entre os pacientes com alto risco isquêmico e de sangramento e definir se a SAPT é o tratamento de escolha após 1 a 3 meses. 

Dr. Carlos Fava - Consejo Editorial SOLACI

Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.

Título Original: Dual antiplatelet therapy duration after percutaneous coronary intervention using drug eluting stents in high bleeding risk patients: A systematic review and meta-analysis

Referência: Aakash Garg, et al. Am Heart J 2022;250:1–10.


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