A reestenose intrastent (ISR) continua sendo a principal limitação no tratamento percutâneo da doença coronariana, com uma prevalência que oscila entre 5% e 10% após o implante de stents eluidores de fármacos (DES) de nova geração. As recomendações terapêuticas para dita entidade incluem o implante de novos DES e o uso de balões recobertos com fármacos (DCB). A taxa de ISR recorrente varia entre 10% e 40%, e seu tratamento continua sendo um desafio.
O objetivo desta análise post hoc do estudo randomizado ISAR-DESIRE 3 (Efficacy Study of Paclitaxel-Eluting Balloon, -Stent vs. Plain Angioplasty for Drug-Eluting Stent Restenosis) foi investigar a incidência a longo prazo de eventos de revascularização recorrente após o tratamento de ISR.
O desfecho primário (DP) foi a revascularização repetida da lesão tratada (R-TLR), definida como qualquer revascularização repetida mediante angioplastia com balão (ATC) ou cirurgia depois da recorrência de ISR.
No final dos 10 anos de seguimento, o total de R-TLR foi de 373: 162 ocorreram no grupo de angioplastia com balão (PB), 124 no grupo de balões recobertos de fármacos (DCB) e 87 no grupo de DES. Durante o primeiro ano de seguimento, o risco de R-TLR se reduziu com o tratamento com DCB B (HR: 0,36; IC de 95%: 0,24-0,54) e DES (HR: 0,23; IC de 95%: 0,14-0,38) em comparação com o tratamento com PB.
Depois do primeiro ano de seguimento, o risco de R-TLR se reduziu de maneira não significativa com DCB (HR: 0,77; IC de 95%: 0,51-1,16) e de maneira significativa com o tratamento com DES (HR: 0,61; IC de 95%: 0,39-0,95). O risco dos grupos DCB e DES foi similar durante (HR: 1,54; IC de 95%: 0,89-2,69) e depois (HR: 1,26; IC de 95%: 0,82-1,92) do primeiro ano.
Conclusão
O total de R-TLR é elevado em 10 anos de seguimento. O uso de DEB e DES reduz a necessidade de revascularização primária e recorrente em comparação com PB.
Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Recurrent Revascularization at 10 Years After Percutaneous Treatment of Drug-Eluting Stent Restenosis.
Referência: Tobias Koch, MD et al J Am Coll Cardiol Intv 2024;17:1–13.
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