O significativo avanço do TAVI propiciou o desenvolvimento da tecnologia das válvulas, que atualmente se encontra em sua terceira geração.
Embora os resultados tenham melhorado, não foram comparadas as válvulas balão-expansíveis (BEV) com as autoexpansíveis (SEV) em estudos randomizados, dispondo-se somente de informação proveniente de diversas análises com conclusões nem sempre coincidentes.
Foi feita uma metanálise de 16 estudos, incluindo 10.174 pacientes; dentre eles, 5753 foram tratados com BEV e 4421 com SEV.
O desfecho primário (DP) foi a mortalidade por qualquer causa em seguimento de um ano.
A média de idade dos pacientes foi de 81 anos, 61% eram mulheres, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi de 57% e o escore STS foi de 5,1%.
Não houve diferença no DP entre as duas válvulas de terceira geração (OR: 1,15; IC de 95%: 0,89-1,48; p = 0,29; I2 = 16,4%) nem nas reinternações por insuficiência cardíaca (OR: 0,90; IC de 95%: 0,65-1,24; p = 0,50; I2 = 11,5%).
As válvulas BEV se associaram a um menor risco de acidente vascular cerebral (AVC/TIA) (OR: 0,62; IC de 95%: 0,44-0,87), necessidade de marca-passo definitivo (OR: 0,55; IC de 95: 0,44-0,70) e regurgitações paravalvares moderadas (OR: 0,43; IC de 95%: 0,25-0,75), mas a um maior risco de desajuste protético moderado (OR: 3,76; IC de 95%: 2,33-6,05), um gradiente médio mais alto (DMP: 4,35; IC de 95%: 3,63-5,08) e uma área efetiva menor (DMP: -0,30; IC de 95%: -0,37 a -0,23) em comparação com as SEV.
Conclusão
Nesta metanálise dos TAVI de terceira geração, as BEV se associaram a uma mortalidade por qualquer causa similar, um menor risco de AVC/TIA, necessidade de marca-passo definitivo e regurgitações paravalvares moderadas, mas a um maior risco de desajuste protético moderado, um gradiente médio mais alto e uma área efetiva menor em comparação com as SEV.
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Outcomes of Transcatheter Aortic Valve Replacement Using Third-Generation Balloon-Expandable Versus Self-Expanding Valves: A Meta-Analysis.
Referência: Saman Asad Siddiqui, et al.
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