Milhões de pessoas são submetidas a procedimentos coronarianos, sejam diagnósticos, sejam terapêuticos, que requerem sedação. O objetivo deste estudo foi avaliar se é necessária a restrição de alimentos antes da sedação nesses procedimentos.
Foi levado a cabo um ensaio randomizado em centros da Austrália. Os pacientes foram designados ao acaso em uma proporção de 1:1 a dois grupos: o grupo com jejum (6 horas sem sólidos e 2 horas sem líquidos) e o grupo sem restrição de jejum (dieta habitual).
O desfecho primário foi um conjunto de eventos que incluíam pneumonia aspirativa, hipotensão, hiperglicemia e hipoglicemia.
Foram incluídos 716 pacientes, com uma idade média de 69 anos, dentre os quais 35% eram mulheres. O desfecho primário ocorreu em 19,1% do grupo de jejum e em 12% do grupo sem jejum. Na análise por intenção de tratar, a diferença foi de -5,2% a favor do grupo sem jejum, confirmando assim a não inferioridade de dita estratégia.
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Este estudo, juntamente com o CHOW-NOW, o TONIC e o Fast-CIED, contribui com evidência sólida que respalda a falta de benefício do jejum prévio nesse tipo de procedimentos.
Categoria: síndromes coronarianas agudas; síndromes coronarianas crônicas; farmacologia.
Apresentado por David Ferreia nas Hot-Line Sessions, ESC Congress 2024, 30 agosto-2 de setembro, Londres, Inglaterra.
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