AHA 2020 | EMPATROPISM: Empagliflozina em não diabéticos com insuficiência cardíaca

A Empagliflozina melhora a função cardíaca, a capacidade de exercício físico e a qualidade de vida em pacientes não diabéticos com insuficiência cardíaca e fração de ejeção deteriorada.

AHA 2020 | EMPATROPISM: Empagliflozina en no diabéticos con insuficiencia cardíaca

Estes achados foram apresentados durante as sessões científicas do congresso virtual da AHA 2020 e simultaneamente publicados no JACC.

Os resultados deste trabalho denominado EMPATROPISM seguem a mesma linha de outros trabalhos que utilizaram inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2) e mostraram benefício nos pacientes com deterioração da função ventricular para além do diagnóstico de diabetes.

O grupo que recebeu Empagliflozina reduziu o volume diastólico final, o volume sistólico final, a massa ventricular esquerda, o pico de consumo de oxigênio, o teste de caminhada de 6 minutos e os escores de qualidade de vida.

Ouros estudos como o EMPEROR-Reduced, com Empagliflozina, e o DAPA-HF, com dapagliflozina, demostraram um amplo espectro de benefícios clínicos tanto em pacientes com diabetes como em não diabéticos. Os benefícios destas novas drogas não estão relacionados somente com a redução da glicemia.


Lea también: AHA 2020 | RIVER: Rivaroxabana como alternativa à varfarina em pacientes com fibrilação atrial e prótese mitral biológica.


Os autores do trabalho prognosticam que este tipo de drogas virá para ficar e logo chegará à prática clínica de todos os pacientes com insuficiência cardíaca e deterioração da função ventricular para além de seus valores glicêmicos.

Empagliflozin

Título original: Randomized trial of empagliflozin in non-diabetic patients with heart failure and reduced ejection fraction.

Referência: Santos-Gallego CG et al. J Am Coll Cardiol. 2020; Epub ahead of print y presentado simultáneamente en el congreso AHA 2020.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Mais artigos deste autor

SCACEST e uso de bivalirudina vs. heparina: em busca dos resultados do BRIGHT-4

Diversos estudos e registros demonstraram o impacto das complicações posteriores à angioplastia (PCI) na sobrevivência dos pacientes com síndrome coronariana aguda com elevação do...

TAVI e fibrilação atrial: que anticoagulantes deveríamos usar?

A prevalência de fibrilação atrial (FA) em pacientes submetidos a TAVI varia entre 15% e 30%, dependendo das séries. Essa arritmia está associada a...

Stents de hastes ultrafinas vs. stents de hastes finas em pacientes com alto risco de sangramento que são submetidos a angioplastia coronariana

Vários estudos in vivo demonstraram que os stents com hastes ultrafinas apresentam um menor risco trombogênico do que os stents com hastes finas, o...

Devemos suspender a anticoagulação antes do TAVI?

Aproximadamente um terço dos pacientes que são submetidos a TAVI apresentam fibrilação atrial e estão sob tratamento com anticoagulantes orais (ACO). Isso cria um...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Estudo TRI-SPA: Tratamento borda a borda da valva tricúspide

A insuficiência tricúspide (IT) é uma doença associada a alta morbimortalidade. A cirurgia é, atualmente, o tratamento recomendado, embora apresente uma elevada taxa de...

Estudo ACCESS-TAVI: Comparação de dispositivos de oclusão vascular após o TAVI

O implante transcatéter da valva aórtica (TAVI) é uma opção de tratamento bem estabelecida para pacientes idosos com estenose valvar aórtica severa e sintomática....

Tratamento endovascular da doença iliofemoral para melhorar a insuficiência cardíaca com FEJ preservada

A doença arterial periférica (EAP) é um fator de risco relevante no desenvolvimento de doenças de difícil tratamento, como a insuficiência cardíaca com fração...