Quase todos os achados pós-angioplastia da tomografia de coerência ótica (OCT) não se associaram com eventos clínicos adversos. As exceções seriam uma área intrastent pequena e uma significativa má aposição.
Os achados subótimos pós-angiografia são muito frequentes (quase a regra), embora suas implicações clínicas sejam incertas. Para dar resposta a essas perguntas foi levado a cabo o presente estudo recentemente publicado no JACC.
Foram analisados 1290 pacientes consecutivos com 1348 lesões submetidos a angioplastia e com OCT realizada imediatamente após o implante do stent.
Os achados da OCT foram registrados para tentar encontrar uma associação entre os eventos adversos relacionados com o dispositivo (morte cardíaca, infarto relacionado com o vaso, trombose do stent e revascularização da lesão).
Com um seguimento médio de quase 4 anos não se observou associação entre eventos adversos e dissecções nas bordas, prolapso de placa, trombo e má aposição após o implante do stent.
Para além do anteriormente afirmado, os pacientes com má aposição muito significativa (volume total com má aposição ≥ 7 mm3) mostraram mais eventos, o que nos permite considerar a má aposição como um preditor independente (HR: 6,12; p = 0,003).
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No seguimento de 3, 6 e 9 meses observou-se que a má aposição muito significativa pós-procedimento imediato se correlacionou com má aposição tardia e hastes não cobertas.
Conclusão
A maioria dos achados mostrados pela OCT após o implante do stent não se associam com eventos clínicos. As únicas exceções seriam uma área intrastent pequena que se correlaciona principalmente com revascularizações e uma má aposição muito significativa que se associa com eventos adversos maiores.
Título original: Clinical Implications of Post-Stent Optical Coherence Tomographic Findings: Severe Malapposition and Cardiac Events.
Referência: Byung Gyu Kim et al. JACC Cardiovasc Imaging 2021. Online ahead of print. doi: 10.1016/j.jcmg.2021.03.008.
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