Atualmente o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) já é a estratégia terapêutica dominante nos Estados Unidos, sem levar em consideração o risco cirúrgico. As diretrizes atuais da ACC e do AHA recomendam que a decisão do tratamento seja definida por um Heart Team para pacientes com estenose aórtica severa de entre 65 a 80 anos. Em pacientes com baixo risco cirúrgico a recuperação rápida e os benefícios do TAVI a curto prazo devem ser balanceadas com a durabilidade a longo prazo.
A evidência atual dos resultados do TAVI vs. a cirurgia em pacientes com risco cirúrgico alto ou intermediário demonstrou equivalente sobrevida em 5 anos. No entanto, nos pacientes com baixo risco foram demonstrados bons resultados a curto prazo mas não contamos com seguimento de longo prazo.
A mortalidade por todas as causas e o AVC incapacitante em 3 anos foram definidos como desfecho primário (DP).
Foram analisados 1414 pacientes, randomizados ao grupo TAVI (n = 730) e cirurgia (n = 684). A idade média foi de 74 anos e o escore de STS foi de 2 no grupo TAVI e de 1,9 no grupo cirurgia. Em relação ao DP, a incidência foi de 7,4% no grupo TAVI vs. 10,4% no grupo cirurgia (p = 0,051).
A taxa de regurgitação paravalvar leve ou menor em 3 anos após o TAVI foi de aproximadamente 80% e não houve diferenças em termos de regurgitação moderada ou mais. Os pacientes submetidos a TAVI apresentaram bons parâmetros hemodinâmicos em 3 anos.
Conclusão
Os pacientes com risco cirúrgico submetidos a TAVI apresentaram resultados clínicos favoráveis em 3 anos. A combinação de morte por todas as causas, AVC incapacitante e hospitalização foi menor com o TAVI do que com a cirurgia.
Esses resultados nos dão uma informação de grande importância com relação à excelente performance valvar e à durabilidade em 3 anos em pacientes de baixo risco. Isso confirma a importância do TAVI nesse grupo de pacientes.
Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Transcatheter vs Surgical Aortic Valve Replacement in Low Risk Patients: 3-Year Outcomes from the Evolut Low Risk Trial
Referência: John K. Forrest, MD et al.
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