Abaixo, compartilhamos os resumos científicos da cardiologia intervencionista que mais geraram impacto em nosso site durante o ano de 2023.
Fenômeno de no-reflow após ATC primária em IAMCEST. Análise angiográfica do Estudo TOTAL
Nos inícios da angioplastia coronariana em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCEST), o fenômeno da ausência de reperfusão já era visto como um indicador de pior prognóstico em termos de remodelagem do ventrículo esquerdo, tamanho do infarto, fração de ejeção e mortalidade a longo prazo.
Hidratação rápida simplificada para prevenção de nefropatia por contraste em pacientes com doença renal crônica
Os pacientes com doença renal crônica (CKD) que são submetidos a angioplastia coronariana apresentam um maior risco de sofrer injúria renal aguda associada ao contraste (CA-AKI), o que se relaciona com um incremento da mortalidade. Segundo os guias atuais, o tratamento padrão para prevenir a CA-AKI em pacientes com CKD moderada a severa é a hidratação intravenosa com solução salina periprocedimento de longa duração.
TAVI em pacientes assintomáticos ou minimamente sintomáticos: Resultados em seguimento de 30 dias
A substituição valvar aórtica (AVR, por suas siglas em inglês) é recomendada em casos de estenose aórtica (AS) sintomática, ao passo que para pacientes sintomáticos se aconselha um acompanhamento intensivo, a menos que os pacientes apresentem gradientes aórticos elevados, fração de ejeção reduzida ou testes de esforço anômalos.
BIFURCAT Registry – 1 ou 2 Stents? Tratamento do ramo lateral (Medina 0,0,1) conforme dados do mundo real
As lesões coronarianas em bifurcações têm sido motivo de debate e têm gerado diferentes abordagens por parte de diversas equipes médicas. Ditas lesões com frequência apresentam um risco mais elevado de eventos isquêmicos quando comparadas com as lesões em pontos não bifurcados. A estratégia predominante, respaldada pelas recomendações de sociedades médicas e guias clínicos, consiste no uso do stent provisional com o implante de um stent visando justamente a minimizar a quantidade de stents a utilizar.
Calcificações coronarianas: deveríamos começar a utilizar a litotripsia coronariana com maior frequência
A calcificação coronariana, seja ela concêntrica, seja excêntrica, sempre representou um desafio nas angioplastias coronarianas percutâneas (ATC) devido às dificuldades que apresenta no que diz respeito à preparação da placa, à navegabilidade dos dispositivos, à adequada aposição dos stents, à eluição da droga e às possíveis complicações durante o procedimento.
É necessária a revascularização completa após um IAM nos adultos idosos?
A população de pessoas de 75 anos está crescendo de forma gradual, o que representa um incremento na incidência de infarto agudo do miocárdio (IAM) em dito grupo. Como bem sabemos, é comum que no IAM se apresentem lesões em múltiplos vasos.
AHA 2023 | Uso de Apixabana para prevenção de acidente vascular cerebral em fibrilação atrial subclínica
A fibrilação atrial (FA) subclínica, de breve duração e geralmente assintomática, costuma requerer monitoramento contínuo a longo prazo por meio de marca-passos ou desfibriladores para sua detecção. Embora a FA subclínica esteja vinculada a um incremento no risco de acidente vascular cerebral, a utilidade da anticoagulação oral como tratamento continua sendo incerta.
Estenose aórtica com baixo gradiente e fluxo normal: mudanças na qualidade de vida com TAVI
O tratamento recomendado para a estenose severa sintomática não é motivo de discussão, já que tanto o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) como a substituição cirúrgica demonstraram uma mudança significativa em termos de prognóstico.
TAVI em estenose aórtica moderada com baixa fração de ejeção
A presença de estenose aórtica, insuficiência cardíaca e diminuição da função ventricular se associa a um mal prognóstico e a alta mortalidade. Por isso, tanto os guias europeus como os americanos a classificam com indicação de Classe I quando a estenose é severa.
Tromboembolismo agudo de pulmão: quando nem tudo é anticoagulação
Nos últimos tempos, o tromboembolismo pulmonar (TEP) tem sido objeto de uma crescente investigação devido a seu persistente impacto na morbimortalidade. Quando não é tratado adequadamente ou é tratado de maneira insuficiente, o TEP agudo pode dar lugar a uma entidade debilitante conhecida como a síndrome pós-TEP, documentada em quase 50% dos sobreviventes.
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