Ressonância magnética com perfusão: uma boa alternativa inicial na angina crônica estável

Ressonância magnética com perfusãoUma estratégia não invasiva para conduzir as decisões iniciais de pacientes com angina crônica estável que inclua uma ressonância magnética cardiovascular com estresse e imagens de perfusão parece oferecer resultados similares aos de uma estratégia invasiva inicial para conhecer a anatomia.

 

Em um ano, a taxa de MACE (combinação de morte por qualquer causa, infarto não fatal e revascularização do vaso alvo) foi de 3,3% para a ressonância vs. 3,9% para a estratégia invasiva com medição de fluxo fracionado de reserva (FFR). Esta diferença não foi significativa (p = 0,62). Os resultados foram similares apesar da taxa mais baixa de revascularização no ramo ressonância (36,0% vs. 44,2%; p = 0,0053).

 

A ressonância magnética cardiovascular com perfusão pode ser considerada a melhor opção não invasiva entre as disponíveis já que proporciona informação de anatomia, função e estrutura miocárdica em um só estudo e sem radiação ionizante.

 

O estudo randomizou 918 pacientes com angina crônica estável (classe funcional II ou III) e um risco intermediário a alto de doença coronariana justificado pela presença de pelo menos dois fatores de risco cardiovascular ou uma ergometria positiva. Todos os pacientes receberam tratamento médico ótimo para controle dos fatores de risco.

 

O grupo invasivo recebeu angiografia e FFR em todas as artérias de mais de 2,5 mm de diâmetro que tiveram uma lesão por angiografia de entre 40% e 95%. A revascularização se realizou com um valor de FFR abaixo de 0,8%.

 

Poderíamos concluir que a condução inicial não invasiva com ressonância em pacientes com angina crônica estável foi não inferior à angiografia com FFR em um ano de segmento.

 

Título original: MR-INFORM: stress perfusion imaging to guide the management of patients with stable coronary artery disease.

Apresentador: Nagel EC.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Impacto da pós-dilatação com balão na durabilidade a longo prazo das biopróteses após o TAVI

A pós-dilatação com balão (BPD) durante o implante percutâneo da válvula aórtica (TAVI) permite otimizar a expansão da prótese e reduzir a insuficiência aórtica...

TAVI em insuficiência aórtica nativa pura: são realmente superiores os dispositivos dedicados?

Esta metanálise sistemática avaliou a eficácia e a segurança do implante percutâneo da valva aórtica em pacientes com insuficiência aórtica nativa pura. O desenvolvimento...

Desafios contemporâneos na oclusão do apêndice atrial esquerdo: enfoque atualizado sobre a embolização do dispositivo

Embora a oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo seja, em geral, um procedimento seguro, a embolização do dispositivo – com uma incidência global de...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Impacto da pós-dilatação com balão na durabilidade a longo prazo das biopróteses após o TAVI

A pós-dilatação com balão (BPD) durante o implante percutâneo da válvula aórtica (TAVI) permite otimizar a expansão da prótese e reduzir a insuficiência aórtica...

TAVI em insuficiência aórtica nativa pura: são realmente superiores os dispositivos dedicados?

Esta metanálise sistemática avaliou a eficácia e a segurança do implante percutâneo da valva aórtica em pacientes com insuficiência aórtica nativa pura. O desenvolvimento...

Tratamento antiplaquetário dual em pacientes diabéticos com IAM: estratégia de desescalada

A diabetes mellitus (DM) é uma comorbidade frequente em pacientes hospitalizados por síndrome coronariana aguda (SCA), cuja prevalência aumentou na última década e se...