Gentileza do Dr. Carlos Fava.
É conhecido o benefício do TAVI nos pacientes de alto risco ou inoperáveis em 5 anos, sobretudo após a publicação do PARTNER 1. No entanto, ainda estava pendente ver qual foi a evolução de outro estudo randomizado importante: o CoreValve US Pivotal High Risk Trial.
Analisou-se a evolução após 5 anos de seguimento do Estudo CoreValve US Pivotal High Risk Trial, que incluiu 391 pacientes que receberam TAVI e 359 que foram submetidos a cirurgia (CX).
A idade média foi de 83,2 anos e o STS foi de 7,3%, sem haver diferenças entre os grupos.
Após 5 anos de seguimento a mortalidade por qualquer causa foi de 55,3% para TAVI e de 55,4% para CX (p = 0,50). A mortalidade cardíaca foi de 39,7% vs. 39,5% (p = 0,80), respectivamente, e embora o índice tenha sido similar, o grupo TAVI apresentou mais dias de sobrevida: 1.241,4 ± 627,1 vs. 1.109,8 ± 683,3 (p= 0,006). Não houve diferenças no que se refere à presença de AVC ou AVC maior (17,5% vs. 21,0% e 12,3% vs. 13,2%) nem em classe funcional. A necessidade de marca-passo foi maior no TAVI (33,0% vs. 19,8%; p < 0,001), mas este fato não se relacionou a maior mortalidade.
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No Eco-Doppler feito aos 5 anos o TAVI foi superior devido ao fato de ter revelado uma área aórtica maior e um menor gradiente sem haver diferenças no que se refere à trombose valvar. A liberdade de deterioro estrutural da válvula e de reintervenções foram similares (99,2% vs. 98,3% e 97% vs. 98,9%).
Não houve diferenças em termos de mortalidade entre as duas estratégias quando se analisou por subgrupos como idade de mais de 85 anos, sexo, índice de massa corporal, STS, fração de ejeção, hipertensão, CRM prévia, doença vascular periférica ou diabetes.
Conclusão
Este Estudo demonstrou uma similar sobrevida e taxa de AVC a médio prazo em pacientes de alto risco que receberam TAVI ou cirurgia valvar aórtica. O deterioro estrutural da válvula e as reintervenções valvares foram pouco frequentes.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Self-Expanding Transcatheter Aortic Valve Replacement or Surgical Valve Replacement in High-Risk Patients 5-Year Outcomes.
Referência: Thomas G. Gleason, et al. J Am Coll Cardiol 2018. Article in Press
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