1- Novos guias de Hipertensão Arterial
A espera finalmente terminou: os guias de hipertensão sobre os quais se esteve trabalhando por mais de 3 anos foram revelados nas sessões científicas do American Heart Association (AHA) 2017.
2- Os 10 mandamentos dos novos guias de infarto com ST da ESC
Os autores elaboram um editorial e um resumo muito aprazível dos pontos mais importantes e das diferenças entre os novos guias de infarto com supradesnivelamento do segmento ST e os anteriores de 2014. A enumeração do mais importante em 10 pontos à imagem dos “mandamentos” faz com que valha a pena uma leitura rápida, proposta bem diferente da sempre maçante tarefa de ler um guia completo.
3- As novas diretrizes europeias de hipertensão contrastam com as americanas
Os europeus atualizaram suas diretrizes de hipertensão, que agora apresentam diferenças significativas com relação às americanas sobre como diagnosticar e tratar pacientes com hipertensão arterial. A diferença principal consiste em quão agressivos devem ser os médicos em baixar as cifras. Todos os dados foram tomados da leitura de um documento apresentado na “Reunião de Hipertensão de Barcelona”, que proximamente será formalmente publicado. Muitas das recomendações apresentam controvérsias com relação aos guias americanos.
4- As troponinas ultrassensíveis fizeram com que tudo fosse considerado infarto; a 4ª definição universal esclarece as coisas
Infarto do miocárdio ou injúria miocárdica? A 4ª definição universal de infarto (uma atualização da definição de 2012) chega para deixar claro que nem todas as elevações das troponinas cardíacas representam um infarto agudo do miocárdio.
5- Angioplastia da artéria descendente anterior proximal: como é sua evolução a longo prazo?
Determinadas lesões coronarianas foram historicamente desaconselhadas para o tratamento endovascular. Entre elas, a lesão de tronco da coronária esquerda, a doença de múltiplos vasos e a lesão proximal da artéria descendente anterior. De fato, esta última é considerada separadamente como critério para escolher o método de revascularização.
6- O estudo CULPRIT-SHOCK finalmente foi publicado no NEJM e chegou para mudar os guias
Na cobertura que a SOLACI realizou do Congresso TCT 2017, realizado em Denver, Colorado, já tínhamos adiantado alguns dos resultados deste trabalho que veio para virar a mesa de nossa prática clínica, já que seus resultados foram muito diferentes daqueles do clássico estudo SHOCK, que há quase 20 anos marcou a estratégia para tratar pacientes cursando um infarto em choque cardiogênico.
7- Um truque simples para melhorar nossas punções radiais
O acesso radial chegou para ficar e já sabemos disso há muito tempo. No entanto, ainda há operadores que se resistem à mudança e existe uma grande dispersão geográfica em sua utilização de maneira sistemática. Dificuldades para obter acesso e a relativamente frequente oclusão da artéria radial após o procedimento são algumas das limitações com as quais nos deparamos. Este trabalho avaliou uma manobra muito simples para evitar a oclusão da artéria que consiste na injeção de nitroglicerina no local da punção.
8- ESC 2018 | ARRIVE: a aspirina no olho da tormenta da prevenção primária
A aspirina não conseguiu alcançar o desfecho primário em uma população com moderado risco de apresentar doença cardiovascular. Entretanto, algo que nos parecia tão óbvio até faz pouco tempo não pôde ser comprovado com a randomização de 12.000 pacientes.
9- Os dispositivos Amplatzer e Figulla demonstram ser seguros para a oclusão percutânea do forame oval pérvio
Em pacientes com suspeita de embolia paradoxal – através de um forame oval pérvio (FOP) – e que apresentam alto risco de eventos tromboembólicos recorrentes, a oclusão percutânea do FOP é uma alternativa ao tratamento farmacológico. Dita oclusão demonstrou ser segura e efetiva com diferentes dispositivos que envolvem variantes tecnológicas baseadas em guarda-chuvas, discos ou desenhos bioabsorvíveis. O que não sabemos ainda é se tais diferenças – ainda que mínimas – no que se refere ao desenho, estrutura e composição têm um impacto no resultado clínico.
10- ESC 2018 | ASCEND: Aspirina para prevenção primária em diabéticos não supera o custo/benefício
Este trabalho observou claramente o risco evidente de sangramento provocado pela aspirina, e questiona a indicação da aspirina para fazer prevenção primária em pacientes diabéticos. Segundo o estudo ASCEND, apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e publicado simultaneamente no NEJM, a aspirina reduz os eventos cardiovasculares no contexto de prevenção primária, mas o custo em termos de sangramentos maiores é excessivamente alto e não respalda seu uso em dito contexto.
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