Gentileza do Dr. Carlos Fava.
A estenose aórtica ocorre em 2,8% dos pacientes idosos a partir dos 75 anos e é ainda mais frequente naqueles que requerem diálise. No entanto, na atualidade ainda não está claro qual é o nível de deterioro da função renal a partir do qual se incrementa o risco desta valvopatia.
Para o presente estudo foram analisados 1.121.875 pacientes do SCREAM Project (Stockholm CREAtinine Measurements).
A idade média dos pacientes foi de 50 anos e 54% da população estava composta por mulheres. 16,2% dos pacientes sofria de hipertensão, 9,9% apresentava hiperlipidemia, 5,5% eram diabéticos, 5,3% apresentava cardiopatia isquêmica e 3% ACV. A filtração glomerular de eGFR foi de 96 ml/min/1,73 m2 (IQR: 82 a 109 ml/min/1.73 m2).
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Os pacientes foram divididos de acordo com a filtração glomerular, ficando 699.957 no grupo que apresentavam > 90 eGFR ml/min/1.73 m2; 354.969 entre 60-90; 44.744 entre 45-59; 16.611 entre 30-44; e 5.594 < 30.
Entre os que apresentavam menor filtração glomerular houve maior porcentagem de mulheres, mais comorbidades e maior necessidade de medicação.
O seguimento foi de 5,1 anos. 5.858 pacientes desenvolveram estenose aórtica, isto é, houve uma incidência de 1,13 para cada 1.000 pessoas/ano, incrementando-se à medida que ia diminuindo a filtração glomerular, chegando a 8,27 nos que apresentavam eGFR < 30 ml/min/1.73 m2.
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Os pacientes com eGFR ≤ 44 ml/min/1.73 m2 apresentaram um risco aproximadamente 20% maior de desenvolver estenose aórtica, mesmo excluindo aqueles que tinham sofrido eventos ou insuficiência cardíaca.
Conclusão
A doença renal crônica nos estágios moderados a severos está associada a um aumento do risco de desenvolvimento de estenose aórtica.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Kidney Dysfunction and the Risk of Developing Aortic Stenosis.
Referência: Georgios Vavilis, et al. J Am Coll Cardiol 2019;73:305–14.
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