ACC 2019 | Sofrer um infarto quando se é muito jovem ou 10 anos mais tarde não muda a mortalidade a longo prazo

Segundo o registro YOUNG-MI, apresentado nas sessões científicas do ACC 2019, aqueles pacientes que sofreram seu primeiro evento coronariano antes dos 40 anos apresentam uma mortalidade a longo prazo similar àqueles que sofreram seu primeiro infarto 10 anos mais tarde.

ACC 2019 | Infartarse muy joven o 10 años después no cambia la mortalidad a largo plazoA prevenção secundária deve ser usada de maneira tão agressiva nos pacientes como se faz no caso dos pacientes idosos.

 

Depois de mais de 10 anos de seguimento, os pacientes muito jovens (com menos de 40 anos) que sofreram um infarto não apresentam um risco significativamente maior que aqueles que o sofreram muito depois, tanto em termos de mortalidade por qualquer causa (HR 0,72; p = 0,056) quanto em termos de morte cardiovascular (HR 0,83; p = 0,447).


Leia também: ACC 2019 | PARTNER 3: TAVI em baixo risco com menos eventos que a cirurgia em seguimento de um ano.


Devemos ser muito agressivos com a prevenção secundária nestes indivíduos para diminuir o risco de novos eventos, e isso deve ser especificamente agressivo naqueles que sofrem seu primeiro infarto antes dos 40 anos. Nesta população tão jovem é necessário estar atento a algumas considerações como o abuso de substâncias ou dissecções espontâneas.

 

Esta análise fez foco em 2.097 pacientes com infartos tipo 1, dentre os quais 20,6% tinham menos de 40 anos.

 

Título original: Risk factor profiles and outcomes of very young adults with myocardial infarction: results from the YOUNG-MI registry.

Apresentador: Yang J.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Marcadores cardíacos como preditores de risco cardiovascular: utilidade para além da síndrome coronariana aguda?

As troponinas cardíacas de alta sensibilidade (TnT e TnI) são um dos pilares fundamentais no diagnóstico da síndrome coronariana aguda (SCA). No entanto, sua...

Perviedade radial em procedimentos coronarianos: a heparina é suficiente ou deveríamos buscar a radial distal?

O acesso radial é a via de escolha na maioria dos procedimentos coronarianos devido à redução nas taxas de mortalidade demonstradas em comparação com...

Revascularização coronariana guiada por iFR vs. FFR: resultados clínicos em seguimento de 5 anos

A avaliação das estenoses coronarianas mediante fisiologia coronariana se consolidou como uma ferramenta crucial para guiar a revascularização. As duas técnicas mais empregadas são...

ACC 2025 | WARRIOR: isquemia em mulheres com doença coronariana não obstrutiva

Aproximadamente a metade das mulheres sintomáticas por isquemia que se submetem a uma coronariografia apresentam doença coronariana não significativa (INOCA), o que se associa...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Implante valvar percutâneo da valva tricúspide. Lux-Valve

A insuficiência tricúspide (IT) é uma entidade que se associa a uma má qualidade de vida, frequentes hospitalizações por insuficiência cardíaca e um aumento...

Marcadores cardíacos como preditores de risco cardiovascular: utilidade para além da síndrome coronariana aguda?

As troponinas cardíacas de alta sensibilidade (TnT e TnI) são um dos pilares fundamentais no diagnóstico da síndrome coronariana aguda (SCA). No entanto, sua...

Tratamento percutâneo da valva pulmonar com válvula autoexpansível: resultados do seguimento de 3 anos

A insuficiência pulmonar (IP) é uma doença frequente em pacientes que foram submetidos a reparação cirúrgica da Tetralogia de Fallot ou outras patologias que...