TCT 2019 | AUGUSTUS ACS: Apixabana vs. Varfarina e Aspirina vs. Placebo em FA e SCA

Gentileza da SBHCI.

A segurança e eficácia dos tratamentos antitrombóticos e antiplaquetários nos pacientes com fibrilação atrial que estão cursando uma síndrome coronariana aguda (e recebendo tratamento médico ou angioplastia) pode ser diferente do que ocorre com aqueles pacientes que são tratados de maneira eletiva.

Highlights TCT 2019

Os pacientes foram randomizados depois de 14 dias de terem sido submetidos a uma angioplastia eletiva ou uma internação por síndrome coronariana aguda em um modelo fatorial de 2 por 2 a apixabana vs. varfarina e aspirina vs. placebo. Todos receberam um inibidor do receptor P2Y12 durante os primeiros 6 meses. Os pacientes que foram admitidos por síndrome coronariana aguda receberam angioplastia ou tratamento médico, de acordo com o critério dos médicos que conduziam o tratamento.

Os pacientes randomizados a apixabana receberam 5 mg a cada 12 horas a não ser que cumprissem 2 de 3 dos seguintes critérios de risco: idade > 80 anos, peso < 60 kg ou creatinina 1,5 mg/dl. Caso entrassem no critério de risco, a dose foi de 2,5 mg a cada 12 horas. Os randomizados a varfarina tinham uma meta de INR de entre 2 e 3. Tanto os anticoagulantes quanto os antiagregantes foram iniciados dentro das 24 horas a partir da randomização e seguidos por 6 meses.


Leia também: TCT 2019 | IDEAL-LM: DES com polímero absorvível vs. permanente para o tronco da coronária esquerda


Os eventos foram analisados de acordo com os três possíveis cenários: síndromes coronarianas agudas tratadas clinicamente, síndromes coronarianas agudas tratadas com angioplastia e angioplastias eletivas.

Dos 4.614 pacientes incluídos, 1.097 (23.9%) foram admitidos por síndrome coronariana aguda e receberam tratamento médico, 1.714 (37,3%) foram admitidos por síndrome coronariana aguda e receberam angioplastia e 1.784 (38,8%) receberam angioplastia eletiva.

Em comparação com a varfarina, a apixabana reduziu os sangramentos maiores em todos os cenários clínicos. A taxa de eventos isquêmicos foi igual.

A aspirina teve uma maior taxa de sangramento em todos os cenários clínicos com igual taxa de eventos isquêmicos em comparação com o placebo.

Conclusão.

Um regime antitrombótico com apixabana mais um inibidor do receptor P2Y12 sem aspirina foi mais seguro e igualmente efetivo em pacientes com fibrilação atrial admitidos com síndrome coronariana aguda que recebem tratamento médico ou angioplastia. O mesmo é válido para pacientes que recebem angioplastia eletiva.

Gentileza da SBHCI.

Link a publicação da SBHCI AQUI

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Título do artigo original: AUGUSTUS ACS: A 2×2 Factorial Randomized Trial of Apixaban vs. Warfarin and Aspirin vs. Placebo in Patients With Atrial Fibrillation and an Acute Coronary Syndrome.

Autor do artigo original: Stephan Windecker.



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