As recanalizações coronarianas são difíceis e há várias estratégias para conseguir realizá-las e melhorar seu sucesso técnico. Algumas destas estratégias implicam fazer o cruzamento do segmento ocluído por via subintimal e outras intraplaca sem sair do lúmen verdadeiro. No entanto, há escassa ou nenhuma informação sobre os resultados de ambas as estratégias.
Foram analisados 75 pacientes que tinham sido submetidos a angiografia e tomografia de coerência ótica (OCT) após uma recanalização incluídos no registro ISAR-OCT-CTO (Intracoronary Stenting and Angiographic Results – Optical Coherence Tomography for Chronic Total Occlusions). Os desfechos do estudo foram o diâmetro de estenose, a perda do lúmen e a taxa de struts descobertos em má aposição.
As recanalizações intraplaca foram 46, ao passo que aquelas que utilizaram dissecção e reentrada ao lúmen verdadeiro foram 29.
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Não foram observadas diferenças significativas em termos de diâmetro de estenose (média de 36,9% vs. 31,2%; p = 0,656), perda tardia de lúmen intrastent (0,21 mm vs. 0,23 mm. P = 0,83) ou no segmento (0,03 vs. 0,13; p = 0,39) entre as técnicas intraplaca vs. as técnicas subintimais.
A análise das imagens de OCT mostrou uma taxa comparável de cobertura de struts (79,9% vs. 71,3%; p = 0,255) mas uma taxa muito maior de má aposição naqueles pacientes que foram submetidos a uma técnica subintimal (6,6% vs. 13,6%; p < 0,001).
O uso de técnicas de dissecção e reentrada só predisse a taxa mais alta de má aposição dos stents.
Conclusão
As técnicas de recanalização intraplaca e subintimal se associam a um resultado diagnóstico angiográfico comparável a médio prazo. Embora a taxa de struts descobertos seja alta após qualquer recanalização, esta não foi diferente de acordo com as técnicas.
A única diferença observada é uma maior chance de má aposição com as técnicas de dissecção e reentrada.
Título original: Subintimal Versus Intraplaque Recanalization of Coronary Chronic Total Occlusions. Mid-Term Angiographic and OCT Findings From the ISAR-OCT-CTO Registry.
Referência: Erion Xhepa et al. J Am Coll Cardiol Intv 2019, Article in press.
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