Este subestudo do GALILEO se dedicou especificamente ao engrossamento e à redução do movimento normal das valvas pós-TAVI documentadas por tomografia 4D. O fato de a anticoagulação com rivaroxabana poder reduzir ou impedir este fenômeno era uma pergunta sem resposta até hoje.
Os pacientes receberam o mesmo esquema que no estudo geral (rivaroxabana mais aspirina vs. aspirina mais clopidogrel) e foram avaliados com tomografia 4D aos 90 ± 15 dias após a randomização. O desfecho primário foi a porcentagem de pacientes com ao menos uma valva com redução do movimento. O engrossamento das valvas também foi avaliado.
Foram incluídos 231 pacientes, dentre os quais 2,1% do grupo rivaroxabana mostrou redução do movimento em ao menos uma valva vs. 10,9% do grupo antiagregação plaquetária (p = 0,01).
O engrossamento de ao menos uma valva foi observado em 12,4% do grupo rivaroxabana vs. 32,4% do grupo antiagregação plaquetária.
Apesar do anteriormente afirmado, no estudo GALILEU genérico, o risco de morte, eventos trombóticos e o risco de sangramento foi maior nos pacientes que receberam rivaroxabana.
Conclusão
Em pacientes que recebem TAVI e sem indicação formal de anticoagulação, a indicação de rivaroxabana vs. antiagregação plaquetária mostrou ser mais efetiva em prevenir as anormalidades subclínicas do movimento das valvas. Apesar disso, no estudo geral a rivaroxaba na se associou a maior mortalidade, trombose e sangramento.
Título original: Reduced Leaflet Motion after Transcatheter Aortic-Valve Replacement.
Referência: Ole De Backer et al. Presentado en el congreso AHA 2019 y publicado simultáneamente en NEJM.
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