TCT 2020 | Angioplastia preventiva para placas vulneráveis

Os pacientes com placas vulneráveis identificados por ultrassom intravascular (IVUS) e espectrografia infravermelha (NIRS) apresentam um maior risco de eventos cardiovasculares adversos. 

TCT 2020 | Angioplastia preventiva para placas vulnerables

Revascularizar essas lesões vulneráveis poderia prevenir eventos clínicos. Esta é a teoria da angioplastia preventiva que ainda tem que ser demonstrada na prática clínica. 

O estudo PROSPECT ABSORB e o PROSPECT II (que fez parte do primeiro) analisaram a história natural dos pacientes com placas vulneráveis tratados com a plataforma bioabsorvível, já descontinuada. 

Este trabalho foi o primeiro estudo randomizado que comparou a revascularização preventiva vs. o tratamento médico ótimo em lesões funcionalmente não significativas, mas com um grande volume de placa. 

O PROSPECT II incluiu 898 pacientes com infarto com ou sem supradesnivelamento do ST que foram submetidos a angioplastia bem-sucedida do vaso culpado e avaliados com NIRS e IVUS no resto da árvore coronariana. 


Leia também: TCT 2020 | Utilidade do exame OCT para detectar placas vulneráveis inclusive com FFR negativo.


O PROSPECT ABSORB incluiu 182 pacientes que apresentavam mais de uma lesão não culpada com um volume de placa de ao menos 65% por IVUS. Ditos pacientes foram randomizados a revascularização com ABSORB vs. tratamento médico. 

O desfecho primário combinado de morte cardíaca, infarto relacionado com o vaso ou revascularização justificada pela clínica ocorreu em 4,3% do grupo ABSORB vs. 4,5% do grupo tratamento médico (p = 0,96).  

Após 2 anos de seguimento observou-se que a área luminal mínima das lesões objetivadas por IVUS foi significativamente maior no grupo revascularização que no grupo tratamento médico. A área luminal mínima das placas que receberam tratamento médico se manteve estável e não foi observada progressão. 


Leia também: O diagnóstico não invasivo de vasoespasmo soma evidência.


A diferença em termos de eventos clínicos se deu com base em episódios de angina severa, um desfecho mole que torna controversa a hipótese da angioplastia preventiva. 

Título original: Percutaneous coronary intervention for vulnerable coronary atherosclerotic plaque.

Referência: Stone GW et al. JAm Coll Cardiol. 2020; Epub ahead of print y presentado en forma virtual en el TCT 2020.


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