A tomografia de coerência ótica (OCT) comprova sua utilidade em pacientes diabéticos, inclusive naqueles com FFR negativo.
Estes achados nos fazem repensar o paradigma da isquemia e da revascularização funcional vs. os achados anatômicos de placas vulneráveis.
Os pacientes diabéticos com lesões que poderiam ser diferidas com base no FFR poderiam se beneficiar do exame de OCT para encontrar nessas placas certas características de risco que as tornam mais propensas a apresentar eventos no futuro.
Este trabalho, chamado COMBINE OCT-FFR, incluiu 547 pacientes avaliados com FFR e que foram revascularizados de acordo com o ponto de corte padrão de 0,8. As lesões negativas (valor > 0,8) foram avaliadas com OCT e classificadas como vulneráveis ou não vulneráveis de acordo com a espessura da capa de fibroateroma.
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O desfecho primário foi uma combinação de morte cardíaca, infarto relacionado com o vaso, revascularização justificada pela clínica ou hospitalização por angina instável ou progressiva.
Após 18 meses de seguimento observou-se uma taxa de eventos quase 5 vezes maior nos pacientes com lesões vulneráveis por terem uma capa fina de fibroateroma definido pelo exame de OCT (13,3% vs. 3,1%; HR 4,7).
Não houve diferenças de eventos quando se comparou com os pacientes que receberam revascularização com base no FFR.
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Segundo o Dr. Kedhi, este trabalho mostra pela primeira vez que os pacientes diabéticos poderiam se beneficiar da revascularização de certas lesões apesar de estas não serem funcionalmente significativas.
Estas conclusões foram recebidas com dissimilaridade entre os painelistas e é obviamente é algo com o que nem todos estão de acordo.
Título original: Combined optical coherence tomography and fractional flow reserve assessment to better predict adverse event outcomes in DM patients.
Referência: Presentado por Kedhi E. en el TCT 2020 virtual.
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