ESC 2024 | AßYSS: Interrupção do tratamento betabloqueador um ano após IAM não complicado

Foi apresentado um estudo de não inferioridade realizado em 49 centros da França, com uma coorte randomizada de pacientes estáveis pós-infarto agudo do miocárdio (IAM), seis meses após o evento agudo e sob tratamento crônico com betabloqueadores, com uma fração de ejeção ≥ 40%. O objetivo primário do estudo foi avaliar a ocorrência de morte, IAM, acidente vascular cerebral e hospitalização por causas cardiovasculares.

O estudo incluiu 3700 pacientes randomizados, com um seguimento médio de 3 anos. O objetivo primário ocorreu em 21,1% dos pacientes que continuaram com betabloqueadores em comparação com 23,8% dos que suspenderam o tratamento (HR: 1,16; IC 95%: 1,01-1,33; p de não-inferioridade = 0,44).

Não foram observadas diferenças na qualidade de vida entre os grupos randomizados (diferença média de 0,002).

Leia tambem: Resultados a longo prazo da utilização de OCT para guiar ATC em pacientes com IAMCEST.

Os resultados demonstraram que a suspensão do tratamento com betabloqueadores não foi não-inferior à sua manutenção em relação à combinação pré-estabelecida. Além disso, foram observados aumentos na pressão arterial, na frequência cardíaca em repouso e nas hospitalizações no grupo que suspendeu o tratamento. 

Apresentado por Johanne Silvain nas Hot-Line Sessions, ESC Congress 2024, 30 agosto-2 de setembro, Londres, Inglaterra.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Dr. Omar Tupayachi
Dr. Omar Tupayachi
Membro do Conselho Editorial do solaci.org

Mais artigos deste autor

Subestudo FLAVOUR trial: FFR ou IVUS na avaliação de pacientes diabéticos

Os pacientes com diabetes (DBT) costumam apresentar uma doença coronariana mais complexa em comparação com os não diabéticos, com maior prevalência de doença coronariana...

ROLLER COASTR-EPIC22: comparação de técnicas de modificação de placa em lesões coronarianas severamente calcificadas

A presença de cálcio nas coronárias limita significativamente o sucesso das angioplastias coronarianas (PCI), sobretudo devido a uma expansão subótima do stent, o que...

Resultados precoces e tardios com stent bioabsorvível ABSORB

A angioplastia coronariana com stents eluidores de fármacos (DES) se associa a uma incidência anual de 2% a 3% de eventos relacionados com o...

É necessário realizar angioplastia em todos os pacientes depois do TAVI?

Gentileza: Dra. Silvina E. Gomez A prevalência da doença coronariana (CAD) em paciente que são submetidos a TAVI é alta, oscilando entre 40% e 70%...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Subestudo FLAVOUR trial: FFR ou IVUS na avaliação de pacientes diabéticos

Os pacientes com diabetes (DBT) costumam apresentar uma doença coronariana mais complexa em comparação com os não diabéticos, com maior prevalência de doença coronariana...

O TAVI apresenta maior mismatch protético em valvas bicúspides?

 A indicação de TAVI está se expandindo fortemente entre pacientes mais jovens e de baixo risco.  A presença de valva aórtica bicúspide (BAV) é observada...

ROLLER COASTR-EPIC22: comparação de técnicas de modificação de placa em lesões coronarianas severamente calcificadas

A presença de cálcio nas coronárias limita significativamente o sucesso das angioplastias coronarianas (PCI), sobretudo devido a uma expansão subótima do stent, o que...