Long-Term Outcomes with First vs. Second-Generation Drug-Eluting Stents in Saphenous Vein Graft Lesions. Nagendra R. Pokala. Catheterization and cardiovascular Intervention 2016;87:34-40
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Os stents farmacológicos (DES) de segunda geração demonstraram superioridade em relação aos de primeira geração nas artérias nativas. Nas pontes venosas (PV), entretanto, existe pouca evidência sobre o tema e atualmente dispomos somente de estudos pequenos que o abordem.
Este trabalho incluiu 81 pacientes que receberam DES de primeira geração (DES P) e 166 que receberam DES de segunda geração (DES S).
Não houve diferença entre as populações, exceto pelo fato de que os que receberam DES P apresentaram angina instável com mais frequência.
A implantação do DES P foi mais frequente no corpo da PV e os DES S nas anastomoses. A utilização de sistemas de proteção distal foi mais frequente nos DES S.
O sucesso do procedimento foi similar, com uma muito baixa taxa de complicações.
No seguimento de 41 meses, não se observaram diferenças no desfecho combinado de morte, infarto ou revascularização (43,5% vs. 40,87%; p = 0,707).
Ao analisar os componentes por separado, também se observou uma taxa similar de eventos entre a primeira e a segunda geração de DES (morte 20,91% vs. 20,27%; p = 0,916; revascularização da lesão 16,39% vs. 20,00%; p = 0,572; revascularização do vaso 20,97% vs. 23,16%; p = 0,747 e infarto agudo do miocárdio 26,15% vs. 23,00% respectivamente; p = 0,644). Também não se observaram diferenças na taxa de trombose de stent.
Conclusão
O resultado dos stents farmacológicos de primeira e segunda geração em pontes venosas é similar. Novos desenhos de stents são necessários para melhorar a evolução neste desafiante grupo de pacientes.
Comentário editorial
Os DES foram desenhados para serem implantados em artérias nativas com doença aterosclerótica. As pontes venosas apresentam uma estrutura e uma especificidade muito diferente, assim como um maior risco embólico.
É necessário o desenvolvimento de stents específicos para pontes venosas a fim de que o MACE seja comparável com a angioplastia em vasos nativos.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Cardiologista Intervencionista
Fundación Favaloro – Argentina