Título original: One-year Clinical and Computed Tomography Angiographic Outcomes After Bioresorbable Vascular Scaffold Implantation During Primary Percutaneous Coronary Intervention for ST-Segment-Elevation Myocardial Infarction. The Prague-19 Study. Referência: Widimsky P et al. Circ Cardiovasc Interv. 2015 Dec;8(12).
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
A angioplastia primaria é a estratégia de escolha no infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST; o papel das plataformas bioabsorvíveis (BVS) ainda não está clara neste contexto.
Foram incluídos 70 pacientes de forma prospectiva. Os mesmos deram entrada cursando um infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST e receberam angioplastia primária com BVS. Em 3 pacientes não foi possível implantar o BVS, tendo sido necessária a utilização de um stent metálico.
A 30 dias se observou uma trombose definitiva da plataforma no contexto de que o paciente havia suspendido a dupla antiagregação e um paciente faleceu por uma complicação mecânica do infarto. A um ano, um paciente apresentou reestenose e outro faleceu subitamente. Em 59 pacientes se realizou angiotomografia coronária de controle e observou-se uma taxa de reestenose binária de 2% com a área luminal mínima de 3,0 ± 0,6 mm.
Conclusão
A utilização de plataformas bioabsorvíveis no contexto de um infarto com elevação do segmento ST é factível e segura e oferece a um ano uma excelente evolução clínica e angiográfica.
Comentário editorial
Este estudo nos mostra que a utilização destes novos dispositivos é favorável em um cenário tão complexo como é a angioplastia primária e tem a vantagem de recuperar a fisiologia do segmento tratado com o passar do tempo.
Na atualidade, os BVS apresentam certas limitações como, por exemplo, as medidas disponíveis, além de ser necessária uma correta preparação do vaso para o implante do dispositivo.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Cardiologista Intervencionista
Fundación Favaloro, Buenos Aires