BVS: Também seguras em território periférico

Título original: Bioresorbable Everolimus-Eluting Vascular Scaffold for Patients With Peripheral Artery Disease (ESPRIT I)2-Year Clinical and Imaging Results CME.

Referência: Johannes Lammer et al. J Am Coll Cardiol Intv. 2016;9(11):1178-1187.

 

plataformas_bioabsorviveis_BVSEste é o primeiro trabalho em humanos que avaliou a plataforma bioabsorvível eluidora de everolimus para o tratamento da doença vascular periférica da artéria ilíaca externa e da femoral superficial.

O resultado das novas plataformas bioabsorvíveis em território coronário tornou somente uma questão de tempo o teste desta nova tecnologia em território periférico.

O dispositivo ESPRIT BVS é uma plataforma de ácido polilático eluidora de everolimus que foi testada pela primeira vez em 35 pacientes com claudicação intermitente.

88,6% das lesões tratadas se encontravam na artéria femoral superficial e 11,4% na artéria ilíaca externa. O comprimento médio das lesões foi de 35,7 ± 16,0 mm e o dispositivo pôde ser implantado em todos os pacientes sem que se observasse recoil.

Três pacientes apresentaram complicações menores como hematoma no lugar da punção ou dissecção após o implante.

No seguimento de um ano, a reestenose binária foi de 12,1%. No seguimento de dois anos, de 16,1%, embora nem todos os pacientes tenham requerido revascularização:

Em um ano: 8,8%.

Em dois anos: 11,8%.

O índice tornozelo-braço melhorou de um basal de 0,75 ± 0,14 para 0,96 ± 0,16 no seguimento de dois anos.

Também em 2 anos, 71% dos pacientes se encontrava em classe Rutherford ou com 93,5% da população caminhando uma distância máxima de 500 metros.

 

Conclusão

A segurança da plataforma bioabsorvível eluidora de everolimus ficou demonstrada e a baixa taxa de revascularizações é consistente com a perviedade sustentada que se observou no Doppler.

 

Comentário editorial

As lesões tratadas, como na maioria dos estudos first in man que testam um novo dispositivo, eram curtas e sem oclusões totais. Lesões severamente calcificadas, como são frequentes em território femoropoplíteo, vão ser um verdadeiro desafio para estes novos dispositivos.

 

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

 

Mais artigos deste autor

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Impacto da Pressão Arterial Sistólica Basal nas Alterações Pressóricas após a Denervação Renal

A denervação renal (RDN) é uma terapia recomendada pelas diretrizes para reduzir a pressão arterial em pacientes com hipertensão não controlada, embora ainda existam...

Hipertrigliceridemia como fator-chave no desenvolvimento do aneurisma de aorta abdominal: evidência genética e experimental

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma patologia vascular de alta mortalidade, sem opções farmacológicas efetivas e com um risco de ruptura que...

Fibrilação Atrial e Doença Renal Crônica: Resultados de Diferentes Estratégias de Prevenção de Acidente Vascular Cerebral

A fibrilação atrial (FA) afeta aproximadamente 1 em cada 4 pacientes com doença renal terminal (DRT). Essa população apresenta uma alta carga de comorbidades...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Assista novamente: Embolia Pulmonar em 2025 — Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas

Já está disponível para assistir o nosso webinar “Embolia Pulmonar em 2025: Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas”, realizado no dia 25 de...

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...