Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista

Gentileza do Dr. Carlos Fava

Nas lesões tipo A e B da artéria femoral superficial, a ATP com balão demonstrou seu benefício, mas os balões eluidores de droga (DEB) mostraram superioridade em termos de reestenose.

Nas lesões C e D os DEB apresentaram em alguns estudos uma evolução favorável, mas ainda não está claro seu real benefício.

Foram incluídos 105 pacientes de forma prospectiva que receberam ATP na femoropoplítea com DEB (IN.PACT Admiral Medtronic, Frauenfeld, Suíça).

A idade foi de 68 anos – a maioria homens –, todos apresentavam claudicação intermitente em classe 2 a 4 de Rutherford, o comprimento da lesão foi de 251 ± 71 mm e 49,5% foram oclusões totais.

O seguimento foi de 24 meses em 98 pacientes. A perviedade primária foi de 70,4%, a secundária de 79,6% e o TLR de 15,3%. A mortalidade não relacionada foi de 5,1%. Nenhum paciente apresentou morte relacionada ou amputação.

Não houve diferença na perviedade primária entre diabéticos e não diabéticos.

Houve melhora na classe funcional que se manteve nos 24 meses de seguimento em todos os pacientes. A metade deles não apresentava sintomas.

Conclusão

A ATP com DEB proporciona benefícios em perviedade primária e TVR em 24 meses nos pacientes sintomáticos com doença femoropoplítea.

Comentário

Este estudo nos demonstra que em pacientes com lesões longas do território femoropoplíteo sem isquemia crítica os DEB teriam muito bons resultados.

Estes achados nos permitem começar a pensar de maneira diferente em relação ao território femoropoplíteo, deixando de lado o implante de um stent quando não obtivermos resultado angiográfico adequado.

São necessárias mais investigações para poder adotar uma conduta definitiva.

Gentileza do Dr. Carlos Fava

Título original: 2-Years results of Paclitaxel-Coated Balloonns for long Femoropopliteal Artery Disease Evidence from the SFA-Long Study

Referência: Antonio Micari. J Am. Coll Intv 2017;10:728-34