A apixabana oral foi não inferior à dalteparina subcutânea para o tratamento do tromboembolismo venoso associado ao câncer sem que tenha sido observado um incremento dos sangramentos maiores.
As diretrizes mais recentes recomendam o uso de edoxabana ou rivaroxabana para o tratamento do tromboembolismo venoso associado ao câncer. No entanto, a evidência dos novos anticoagulantes em dito contexto é limitada e o possível aumento dos sangramentos é a maior preocupação.
O estudo CARAVAGGIO randomizou mais de 1100 pacientes consecutivos com câncer e trombose venosa profunda proximal sintomática, incidental ou tromboembolismo pulmonar a receberem apixabana (10 mg duas vezes por dia durante uma semana e depois 5 mg por dia) vs. dalteparina subcutânea (200 UI/kg uma vez por dia durante o primeiro mês e depois 150 UI/kg por dia). O tratamento foi administrado por seis meses.
Ocorreu tromboembolismo recorrente (desfecho primário de eficácia) em 5,6% do grupo apixabana vs. 7,9% no grupo dalteparina (p < 0,001 para não inferioridade).
Leia também: ACC Virtual 2020 | TICO: monoterapia de ticagrelor em síndromes coronarianas agudas.
O sangramento maior ocorreu em 3,8% do grupo apixabana vs. 4% do grupo dalteparina (p = 0,6).
Conclusão
A apixabana via oral foi não inferior à dalteparina subcutânea para tratar o tromboembolismo venoso associado ao câncer sem aumento do risco de sangramento maior.
caravaggioTítulo original: Apixaban for the Treatment of Venous Thromboembolism Associated with Cancer.
Referência: Giancarlo Agnelli et al. NEJM online before print y presentado en forma virtual en el ACC 2020.
Subscreva-se a nossa newsletter semanal
Receba resumos com os últimos artigos científicos
Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.