ESC 2022 | REVIVED-BCIS2

O estudo REVIVED-BCI2 incluiu 700 pacientes com fração de ejeção 35% com doença coronariana extensa passível de ATC. 

ESC 2022

Os pacientes foram randomizados a ATC mais tratamento médico ótimo e completo (OMT) – segundo os guias atuais – ou somente a OMT. 

347 pacientes foram randomizados a ATC e 353 a OMT.

O desfecho primário foi definido como morte por qualquer causa e internação por insuficiência cardíaca. 

Não houve diferença em termos de populações. 

Em 41 meses de seguimento não houve diferença no DP (ATC 37,2% vs. OMT 38%). Tampouco houve diferença nos componentes do DP nem foi observda diferença na presença de IAM. 

A necessidade de revascularizações não planejadas e a isquemia miocárdica foram mais frequentes nos pacientes que receberam OMT. 

A fração de ejeção em dois anos foi de 27% em 6 e 12 meses sem haver diferença entre as duas estratégias. 

Leia também: ESC 2022 | PERSPECTIVE: Eficácia e segurança do sacubitril / valsartan em comparação com valsartan na função cognitiva de pacientes com insuficiência cardíaca e função preservada

A qualidade de vida, medida mediante o questionário Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) foi superior no grupo randomizado a ATC em 6 meses mas sem diferença em 2 anos. 

A conclusão deste estudo foi que nos pacientes com disfunção ventricular severa que receberam tratamento médico ótimo nas doses máximas toleradas, a revascularização com ATC não resultou em menor incidência de morte por qualquer causa ou hospitalizações por insuficiência cardíaca. 

Dr. Carlos Fava - Consejo Editorial SOLACI

Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Mais artigos deste autor

COILSEAL: Utilização de coils na angioplastia coronariana: uma ferramenta de valor nas complicações?

A utilização de coils como ferramenta de oclusão vascular tem experimentado uma expansão progressiva, partindo de seu uso tradicional em neurorradiologia até incorporar-se ao...

Tratamento da reestenose intrastent em vasos pequenos com balões recobertos de paclitaxel

A doença arterial coronariana (DAC) em vasos epicárdicos de menor calibre se apresenta em 30% a 67% dos pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea...

Perfurações coronarianas e o uso de stents recobertos: uma estratégia segura e eficaz a longo prazo?

As perfurações coronarianas continuam sendo uma das complicações mais graves do intervencionismo coronariano (PCI), especialmente nos casos de rupturas tipo Ellis III. Diante dessas...

Doença de tronco da coronária esquerda: ATC guiada por imagens intravasculares vs. cirurgia de revascularização miocárdica

Múltiplos ensaios clínicos randomizados demonstraram resultados superiores da cirurgia de revascularização coronariana (CABG) em comparação com a intervenção coronariana percutânea (ATC) em pacientes com...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

COILSEAL: Utilização de coils na angioplastia coronariana: uma ferramenta de valor nas complicações?

A utilização de coils como ferramenta de oclusão vascular tem experimentado uma expansão progressiva, partindo de seu uso tradicional em neurorradiologia até incorporar-se ao...

Tratamento da reestenose intrastent em vasos pequenos com balões recobertos de paclitaxel

A doença arterial coronariana (DAC) em vasos epicárdicos de menor calibre se apresenta em 30% a 67% dos pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea...

Desafios contemporâneos na oclusão do apêndice atrial esquerdo: enfoque atualizado sobre a embolização do dispositivo

Embora a oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo seja, em geral, um procedimento seguro, a embolização do dispositivo – com uma incidência global de...