A insuficiência mitral severa se associa a falhas cardíacas e internações e, com o passar do tempo, com insuficiência renal, o que leva a uma maior mortalidade. No estudo COAPT, nos pacientes com baixa fração de ejeção, o MitraClip demonstrou seu benefício em comparação com o tratamento médico, mas havia um grupo importante com deterioração...
EuroPCR 2022 | Devemos revascularizar os pacientes com doença coronariana estável antes do TAVI?
Atualmente as diretrizes americanas e europeias recomendam a angioplastia coronariana (ATC) em pacientes com estenose aórtica severa que serão submetidos a TAVI e que apresentam lesões > 70% (Classe IIa). O benefício de revascularizar esses pacientes ainda é incerto. Este estudo multicêntrico retrospectivo incluiu 2025 pacientes que foram separados em revascularização completa (n = 1310)...
EuroPCR 2022 | Mudanças no dano cardíaco após a substituição valvar aórtica por cirurgia
Neste trabalho apresentado no EuroPCR 2022 realizou-se uma análise do pool dos estudos PARTNER no qual foram incluídos 1974 pacientes que tinham sido submetidos a um ecocardiograma completo. O risco para cirurgia extremo/inoperável foi de 17,3%, o intermediário foi de 54,3% e o risco baixo foi de 28,4%. 60% da população foi submetida a TAVI...
Acesso femoral vs. acesso radial no tratamento percutâneo de CTO
O tratamento percutâneo das oclusões totais crônicas (CTO) foi feito tradicionalmente por via transfemoral (TFA). A utilização do acesso radial (TRA) aumentou nas intervenções coronarianas complexas. Um estudo randomizado avaliou o uso de TRA vs. TFA em angioplastias complexas (58% eram CTO), obtendo resultados favoráveis a favor do acesso radial. O objetivo deste estudo prospectivo,...
Será o gradiente médio elevado após a estratégia borda a borda uma variável importante?
O tratamento borda a borda da valva mitral é atualmente uma alternativa válida como substituta da cirurgia na insuficiência mitral. Vários estudos têm colocado a insuficiência mitral residual como parâmetro de sucesso, mas pouco se tem pesquisado sobre o gradiente residual ao finalizar o procedimento. O que se publicou é que um gradiente médio ≥...
Devemos nos preocupar com as lesões não isquêmicas?
Na última década houve um aumento do interesse pela morfologia da placa de ateroma e pelo impacto que dita placa tem nos eventos clínicos. Vários estudos têm demonstrado a utilidade do IVUS nesse campo, caracterizando a placa segundo a presença de placa rica em lipídios (LRP) e fibroateroma de capa fina (TCFA). Tais morfologias estão...
Reserva de fluxo coronariano em pacientes com FFR intermediário: devemos utilizar essa ferramenta para decidir a realização da angioplastia coronariana?
As diretrizes atuais recomendam o uso de FFR para guiar as angioplastia coronarianas. No entanto, os valores intermediários de FFR (0,75-0,80) geram incertezas sobre o valor prognóstico que reveste a realização da angioplastia coronariana versus o tratamento médico ótimo. A utilização da Reserva de Fluxo Coronariano (CFR) junto com o FFR proporciona maior compreensão sobre...
Evolução da angioplastia coronariana segundo o SYNTAX II: acompanhamento de cinco anos
Já transcorreu bastante tempo desde a publicação do estudo SYNTAX (NEJM 2009), que comparou angioplastia coronariana transluminal percutânea (ATC) versus cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Nesse emblemático estudo, a ATC com stents eluidores de fármacos de primeira geração (Taxus) – comparados com CRM – se associou a uma maior quantidade de eventos cardiovasculares maiores (mortalidade...
Angioplastia coronariana guiada com IVUS: resultados alentadores no seguimento de 3 anos
O IVUS foi avaliado em vários estudos para guiar o implante dos DES. Dois estudos randomizados, como são o IVUS-XPL (Impact of Intravascular Ultrasound Guidance on the Outcomes of Xience Prime Stents in Long Lesions) e o ULTIMATE (Intravascular Ultrasound Guided Drug Eluting Stents Implantation in All-Comers Coronary Lesions), demonstraram uma diminuição da necessidade de...
Ao falar de doença de múltiplos vasos, quando devemos considerar a disfunção renal?
A doença cardiovascular é uma das principais causas de morbimortalidade em pacientes com doença renal crônica (ERC) avançada, e vice-versa. Ambas têm fatores de risco em comum, como a diabetes, a hipertensão arterial, o tabagismo, a dislipidemia e a idade, entre outros. À medida que a doença renal avança, seu grau de severidade se associa...