Título original: Outcomes With the Use of the Retrograde Approach for Coronary Chronic Total Occlusion Interventions in a Contemporary Multicenter US Registry.
Referência: Dimitri Karmpaliotis et al. Circ Cardiovasc Interv. 2016 Jun;9(6).
Este trabalho pesquisou a segurança e eficácia da técnica retrógrada para as oclusões coronárias crônicas. Foram comparados os resultados da técnica retrógrada vs. a técnica anterógrada em 1.301 procedimentos realizados em 11 centros de excelência dos Estados Unidos entre 2012 e 2015. A idade média da população foi de 65,5 ± 10 anos com uma alta prevalência de diabetes (45%) e de cirurgia de revascularização miocárdica prévia (34%).
Globalmente, o sucesso técnico foi de 90%, o que reflete a experiência dos centros e a taxa de eventos adversos cardiovasculares maiores intra-hospitalares de 2,4%.
O acesso retrógrado foi utilizado em 539 casos (41%), tanto como estratégia inicial (46%) quanto após falha por acesso anterógrado (54%).
Ao serem comparadas ambas as técnicas, a técnica retrógrada foi utilizada em casos mais complexos, tanto do ponto de vista clínico (prevalência de cirurgia prévia 48% vs. 24%; p < 0,001) quanto angiográfico (média de escore japonês para oclusões totais 3,1 ± 1,0 vs. 2,1 ± 1,2; p < 0,001) e resultou em um menor sucesso técnico (85% vs. 94%; p < 0,001) e em maiores complicações (4,3% vs. 1,1%; p < 0,001).
A análise multivariada mostrou que a presença de colateral viáveis, o fato de não ter by-pass prévio e de a artéria descendente anterior ser o alvo da recanalização foram preditores de sucesso com a técnica retrógrada.
Conclusão
O acesso retrógrado é comumente utilizado na prática diária contemporânea, sobretudo nas lesões e pacientes mais desafiantes. Apesar de apresentar uma taxa de sucesso mais baixa e uma taxa de complicações mais elevada que a técnica anterógrada, trata-se de uma ferramenta fundamental para manter uma alta taxa de sucesso em oclusões totais crônicas.
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