Gentileza do Dr. Carlos Fava.
A angioplastia transluminal coronariana (ATC) em pontes venosas (PV) é um dos grandes desafios atuais devido ao fato de, diferentemente do que ocorre com as artérias nativas, apresentarem material trombótico significativo, lesões difusas e longas, abundantes macrófagos e células inflamatórias, casualidades que tornam o procedimento mais complexo.
Atualmente não está bem estabelecido qual é o melhor antiagregante e por quanto tempo é necessário administrá-lo.
No presente estudo foram analisados 8.119 pacientes, dentre os quais 7.401 receberam clopidogrel (91,1%), 221 receberam prasugrel (2,7%) e 497 receberam ticagrelor (6,1%).
As características dos 3 grupos foram similares. Com o passar do tempo o uso de ticagrelor se incrementou, diminuindo assim o de prasugrel.
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O acesso radial e os pacientes mais jovens receberam de forma mais frequente os P2Y12 mais patentes. O uso de prasugrel foi mais frequente nos pacientes com IAMST e o de ticagrelor nos que padeciam IAMNST e anginas instáveis. O uso de sistemas de proteção foi mais recorrente no grupo que recebeu ticagrelor e o uso de inibidores de glicoproteínas foi maior no grupo no qual se administrou prasugrel.
Após o ajuste das variáveis não houve diferenças quanto á mortalidade após 30 dias com os diferentes antiagregantes: 1,22 (95% CI: 0,60-2,51) para prasugrel vs. clopidogrel 0,48 (95% CI: 0,20-1,16). Além disso, tampouco houve diferenças em MACE ou sangramento maior. No seguimento de um ano também não foram constatadas diferenças.
Conclusão
Este estudo do “mundo real” não proporciona uma clara evidência de que o uso de bloqueadores potentes de P2Y12 se associem a uma melhora clínica no seguimento.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Antiplatelet drug selection in PCI to vein grafts in patients with acute coronary syndrome and adverse clinical outcomes: Insights from the British Cardiovascular Intervention Society database.
Referência: Alex Sirker, et al. Catheter Cardiovasc Interv. 2018;92:659–665.
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