O melhor do Main Arena no SOLACI-SOCIME 2022 – ATC Novos Paradigmas

“ATC novos paradigmas” pelo Dr. Gregg Stone 

Embora a maioria dos estudos sobre ATC em doença coronariana estável tenham demonstrado uma melhora da frequência de angina e da capacidade para a prática de exercício físico, não há uma redução significativa em termos de morte e IAM. Um dos principais fatores aos quais devemos estar atentos na atualidade é a definição de placa vulnerável, já que isso está associado a uma maior taxa de eventos cardiovasculares. 

Um dos principais precursores da ruptura de placa é o fibroateroma de capa fina. É possível identificar este tipo de placa de ateroma mediante a utilização de imagens intravasculares como o IVUS e a OCT. 

O Dr. Gregg Stone no SOLACI-SOCIME 2022.

Na atualidade contamos com vários estudos para identificar as placas de ateroma em risco e poder prevenir futuros eventos cardiovasculares. O Dr. Stone mencionou em sua conferência os achados do estudo PROSPECT, no qual houve uma correlação entre o volume de placa no vaso não culpado e os eventos cardiovasculares no seguimento. 

Depois disso o Dr. Stone concluiu afirmando que as placas vulneráveis não são leves, mas severas e, além disso, que devemos deixar de confiar na angiografia como o único método para avaliar essas lesões. 

Em sua apresentação, o doutor deixou uma pergunta muito interessante sobre o fato de devermos ou não procurar e tratar as placas vulneráveis, e sua resposta é um grande desafio para a cardiologia. Apesar disso, sabemos que devemos utilizar todas as ferramentas possíveis para detectar ditas placas vulneráveis e otimizar todas as variáveis clínicas para prevenir futuros eventos cardiovasculares em nossos pacientes. 


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Mais artigos deste autor

Doença de tronco da coronária esquerda: ATC guiada por imagens intravasculares vs. cirurgia de revascularização miocárdica

Múltiplos ensaios clínicos randomizados demonstraram resultados superiores da cirurgia de revascularização coronariana (CABG) em comparação com a intervenção coronariana percutânea (ATC) em pacientes com...

AHA 2025 | TUXEDO-2: manejo antiagregante pós-PCI em pacientes diabéticos multivaso — ticagrelor ou prasugrel?

A escolha do inibidor P2Y12 ótimo em pacientes diabéticos com doença multivaso submetidos a intervenção coronariana percutânea (PCI) se impõe como um desafio clínico...

AHA 2025 | DECAF: consumo de café vs. abstinência em pacientes com FA — recorrência ou mito?

A relação entre o consumo de café e as arritmias tem sido objeto de recomendações contraditórias. Existe uma crença estendida de que a cafeína...

AHA 2025 | Estudo OCEAN: anticoagulação vs. antiagregação após ablação bem-sucedida de fibrilação atrial

Após uma ablação bem-sucedida de fibrilação atrial (FA), a necessidade de manter a anticoagulação (ACO) a longo prazo continua sendo incerta, especialmente considerando que...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Assista novamente: Embolia Pulmonar em 2025 — Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas

Já está disponível para assistir o nosso webinar “Embolia Pulmonar em 2025: Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas”, realizado no dia 25 de...

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...