Este é outro estudo que conclui que os betabloqueadores não têm impacto na mortalidade no seguimento de um ano após infarto agudo em pacientes com evolução estável, e que não trazem benefício para a sobrevida em pacientes com cardiopatia isquêmica estável que nunca tiveram infarto.
Esta análise representa 5 anos de seguimento de um grande registro de vários países e também mostrou a ausência de benefício dos antagonistas do cálcio.
Estas drogas devem ser indicadas como tratamento sintomático em pacientes com doença coronariana estável, com ou sem antecedente de infarto, mas agora sem a expectativa de redução da mortalidade.
Neste ponto, os guias diferem de um lado e do outro do Atlântico. Enquanto os guias europeus recomendam os betabloqueadores ou os antagonistas do cálcio como drogas de primeira linha para aliviar os sintomas dos pacientes com angina crônica estável, os guias americanos recomendam, preferentemente, os betabloqueadores, e utilizam os antagonistas do cálcio quando os betabloqueadores se encontram contraindicados ou têm efeitos adversos inaceitáveis.
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O registro CLARIFY incluiu pacientes de 45 países entre o ano 2009 e 2010, tendo, os mesmos, sido seguidos durante 5 anos; 22.600 receberam betabloqueadores e 22.004 receberam antagonistas do cálcio. Para serem incluídos, os pacientes deviam cumprir, pelo menos, uma das seguintes condições: antecedente de infarto (> de 3 meses), revascularização prévia (> de 3 meses), testes de isquemia miocárdica sintomática ou ter uma angiografia com lesões > 50%.
No seguimento de 5 anos, não se observaram diferenças na taxa de mortalidade por qualquer causa (desfecho primário) ou morte cardiovascular mais infarto não fatal.
Título original: CLARIFY: first-line anti-ischemic agents use and long-term clinical outcomes in stable coronary artery disease.
Apresentador: Sorbets E no congresso da ESC de Munique.
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