Múltiplos estudos provaram a segurança e eficácia dos stents farmacológicos (DES) em pacientes com alto risco de sangramento. Restava um último bastião para os stents convencionais (BMS): as pontes venosas.
Com evidência controversa e uma fisiopatologia diferente, muitos ainda discutiam a segurança dos DES em pontes venosas.
Este trabalho multicêntrico randomizou pacientes com lesões em pontes venosas a DES vs. stents convencionais BMS. O desfecho primário foi uma combinação de morte cardíaca, infarto e revascularização do vaso alvo em um ano, ao passo que o desfecho secundário foram esses mesmos eventos combinados e também de maneira individual em 5 anos.
Com 89 pacientes randomizados a DES e 84 a BMS, observou-se que a taxa de eventos foi significativamente mais baixa com os DES (2,2% vs. 16,0%; HR: 0,14; IC 95%: 0,03 a 0,64; p = 0,01). Esta diferencia foi conduzida por menos revascularizações e infartos.
Em 5 anos de seguimento a vantagem dos DES se manteve muito significativa (35,5% vs. 56,1%; HR: 0,40; IC 95%: 0,23 a 0,68; p < 0,001).
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Entre o primeiro e os 5 anos, a diferença se manteve a expensas das revascularizações.
Dada a diferença tão marcante em termos de eventos decidiu-se deter o recrutamento de pacientes antes de chegar ao objetivo de 240.
Conclusão
Neste trabalho randomizado, controlado e multicêntrico com 5 anos de seguimento em pacientes com lesões em pontes venosas observou-se que os DES são superiores aos BMS e o benefício se mantém com o transcorrer do tempo. Os DES são superiores aos BMS nesta população de pacientes e em todas as demais.
JAHA-120-017434freeTítulo original: Long-Term Results After Drug-Eluting Versus Bare-Metal Stent Implantation in Saphenous Vein Grafts: Randomized Controlled Trial.
Referência: Gregor Fahrni et al. J Am Heart Assoc. 2020;9:e017434. DOI: 10.1161/JAHA.120.017434.
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