Stents finos vs. ultrafinos: resultados clínicos em 1 ano em casos de implantes guiados por IVUS/OCT

Los stents liberadores de droga de segunda geração apresentam complicações trombóticas e reestenose intrastent com menor frequência. Embora os resultados clínicos tenham melhorado substancialmente, uma taxa anual de 2-3% de ditas complicações no primeiro ano da angioplastia continua sendo preocupante. 

Stents finos vs ultrafinos: Resultados clínicos a 1 año cuando se implantan guiado por IVUS/OCT

Por esse motivo foram desenvolvidos stents com struts < 70 µm (ultrafino), com polímero bioabsorvível e capa abluminal. Os stents com struts ultrafinos demonstraram superioridade quando comparados com os stents com struts finos no que se refere à falha da lesão tratada (TLF) em um ano. 

Outra das ferramentas utilizadas na atualidade para diminuir a trombose e/ou a reestenose dos stents é a utilização de IVUS e OCT para guiar a angioplastia. 

O objetivo deste estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado, de não inferioridade, foi examinar se o uso de stents ultrafinos com polímero biodegradável eluidor de sirolimus (60-80 µm; BP-SES) vs. stent fino com polímero durável eluidor de everolimus (81 µm; DP-EES) implantados com IVUS ou OCT têm impacto na TLF em 1 ano. 

O desfecho primário (DP) foi a TLF em um ano, definido como uma combinação de morte cardiovascular, IAM relacionado com o vaso tratado e revascularização da lesão tratada guiada pela clínica (TLR). O desfecho secundário (DS) foi uma combinação de morte por todas as causas, IAM total, todas as revascularizações, AVC, sangramento e trombose de stent. 

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Foram incluídos 1440 pacientes, que foram randomizados, ficando 722 no grupo BP-SES e 718 no grupo DP-EES. A idade média foi de 70 anos, e a maioria dos pacientes eram homens. A forma de apresentação mais frequente foi a angina estável, mas 14% da população se apresentou com SCA. As drogas antitrombóticas mais utilizadas foram a aspirina e o prasugrel. A artéria tratada na maioria dos pacientes foi ia descendente anterior e o SYNTAX score médio foi 11. Não houve diferenças entre os dois grupos no que se refere às características angiográficas e do procedimento. 

A incidência de TLF em um ano foi de 6% em BP-SES e de 5,7% em DP-EES (p = 0,04 para não inferioridade; p = 0,845 para superioridade). Não houve diferenças significativas em termos de DS. 

Conclusão

O BP-SES é não inferior ao DP-EES no que se refere ao TLF em um ano quando se realiza o implante guiado por IVUS e OCT. Não foram observadas diferenças no que se refere ao tamanho dos struts em termos de impacto clínico após uma ATC.

Dr. Andrés Rodríguez
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.

Título Original: Ultrathin, Biodegradable-Polymer Sirolimus-Eluting Stent vs Thin, Durable-Polymer Everolimus-Eluting Stent.

Referência: Masato Nakamura, MD et al J Am Coll Cardiol Intv 2022;15:1324–1334.


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