Até o momento não havia trabalhos randomizados que tivessem avaliado a anticoagulação oral isolada vs. anticoagulação oral mais antiagregação plaquetária em pacientes com fibrilação atrial um ano depois do implante de um stent no contexto de doença coronariana estável. Esta foi a pergunta que tentou responder este trabalho apresentado no TCT 2018 e publicado simultaneamente no Circulation.
O estudo previa incluir 2.000 pacientes, mas foi precocemente interrompido após a inclusão de 696 em 38 meses.
A anticoagulação foi com varfarina em 75,2% dos pacientes e com os novos anticoagulantes diretos no restante.
Com uma média de seguimento de 2,5 anos observou-se que o desfecho primário (combinação de morte, infarto, AVC ou embolia sistêmica) ocorreu em 15,7% dos pacientes que receberam anticoagulação isolada vs. 13,6% do grupo que recebeu anticoagulação mais antiagregação (p = 0,2 para não inferioridade e p = 0,45 para superioridade).
Leia também: TCT 2018 | LRP: tecnologia infravermelha para detectar pacientes e placas vulneráveis.
O desfecho secundário (primário mais sangramento maior) ocorreu em 19,5% e 19,4%, respectivamente.
A dificuldade para incluir os pacientes fez com que não se chegasse ao objetivo de 2.000 pacientes, com os quais teria tido o suficiente poder para tirar conclusões. Hoje o estudo gera somente hipóteses, ainda que ditas hipóteses sejam, sem sombra de dúvida, muito interessantes.
Título original: An Open-Label Randomized Trial Comparing Oral Anticoagulation with and without Single Antiplatelet Therapy in Patients with Atrial Fibrillation and Stable Coronary Artery Disease Beyond One Year after Coronary Stent Implantation: The OAC-ALONE Study.
Apresentador: Yukiko Nakano.
Receba resumos com os últimos artigos científicosSubscreva-se a nossa newsletter semanal
Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.