Atualmente a utilização de balões recobertos de drogas (DCB) em território femoropoplíteo é uma ferramenta cada vez mais utilizada. No entanto, a evidência é limitada para recomendar esse tratamento em casos de calcificação moderada a severa.
O emprego de um escore para avaliar a calcificação das artérias periféricas (PACSS) foi associado com resultados clínicos após a angioplastia periférica. A classificação consta de 5 graus (Grau 0: não calcificação visível; Grau I: calcificação unilateral < 5 cm; Grau II: calcificação unilateral ≥ 5 cm; Grau III: calcificação bilateral < 5 cm; Grau IV: calcificação bilateral ≥ 5 cm).
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a relação entre a severidade do escore PACSS e os resultados clínicos após a angioplastia em território femoropoplíteo com DCB.
O desfecho primário foi a taxa de perviedade primária em 1 ano.
Foram analisados 733 membros em 626 pacientes com claudicação intermitente que foram submetidos a angioplastia com DCB em lesões femoropoplíteas de novo entre 2017 e 2021 no Japão. A idade média foi de 74 anos e a maioria dos pacientes eram homens. A forma de apresentação clínica mais frequente em todos os graus foi a categoria 3 de Rutherford.
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A distribuição de acordo com a classificação PACSS foi: grau 0: 38% dos casos; grau I: 17%; grau II: 7%; grau III: 16% e grau IV: 23%. A taxa de perviedade primária em 1 ano foi de 88%, 89%, 71%. 96% e 82%, respectivamente (p < 0,001). O grau IV se associou significativamente com um risco maior de reestenose (HR: 1,82; IC 1,15-2,86; p = 0,010.
Conclusão
O grau IV da classificação de PACSS, calcificação bilateral > 5 cm, esteve associado significativamente a piores resultados clínicos após a angioplastia com DCB em lesões femoropoplíteas.
Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Referência: Shinsuke Mori MD et al Catheter Cardiovasc Interv. 2023;101:892–899.
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