ESC 2021 | Novidades das novas diretrizes de valvoplastias da Sociedade Europeia de Cardiologia

Uma intervenção precoce nas valvoplastias assintomáticas, recomendações de idade para definir entre TAVI e cirurgia para a estenose aórtica e um empurrão na reparação percutânea da insuficiência mitral secundária são algumas das novas mudanças das Diretrizes de Valvoplastias da Sociedade Europeia de Cardiologia. 

ESC 2021 | Novedades de las nuevas guías de valvulopatías de la Sociedad Europea de Cardiología

O novo documento foi apresentado no ESC 2021 e simultaneamente publicado no Eur Heart J.

As diretrizes fazem ênfase na necessidade de trabalhar em equipe com os cirurgiões para realizar uma avaliação personalizada do paciente. 

As diretrizes da prática clínica nunca se empenharam tanto em envolver os pacientes na tomada de decisões nas zonas cinzentas nem em colocar a responsabilidade dos casos desafiadores nas mãos dos centros especializados e de alto volume.

Dada a publicação de grande quantidade de evidência em múltiplos procedimentos já não parece adequado que o cardiologista de referência encaminhe seu paciente diretamente a um cirurgião ou a um cardiologista intervencionista. O correto seria encaminhá-lo a um centro especializado em valvoplastias onde seja possível tomar a melhor decisão em equipe (embora isso não seja o que ocorre na prática clínica diária). 

Na estenose aórtica a idade passou a ter um papel preponderante com recomendações de classe I.


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Para os pacientes com menos de 75 anos com baixo risco cirúrgico ou que não sejam candidatos a TAVI transfemoral a recomendação é cirurgia. 

Os pacientes de mais de 75 anos ou de qualquer idade com um risco cirúrgico alto são candidatos a TAVI. 

Para todos os demais casos intermediários, ambos os procedimentos são adequados e a decisão deve ser tomada de acordo com as características clínicas, anatômicas e do procedimento discutidas em equipe e compartilhadas com o paciente.


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Outra atualização importante é a recomendação de atuar precocemente na estenose aórtica, na insuficiência aórtica e na insuficiência mitral. 

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Título original: 2021 ESC/EACTS Guidelines for the management of valvular heart disease.

Referência: Alec Vahanian et al. Eur Heart J. 2021 Aug 28;ehab395. Online ahead of print. doi: 10.1093/eurheartj/ehab395. 


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