Desde a publicação do SYNTAX original houve grandes avanços técnicos que influenciaram os resultados da angioplastia:
- Novas ferramentas para a estratificação do risco com o escore SYNTAX II que incorpora variáveis clínicas e anatômicas para orientar a decisão da equipe.
- Revascularização funcional (uso híbrido de iFR ou FFR).
- Otimização no implante do stent por IVUS.
- Técnicas contemporâneas de recanalização de oclusões totais.
- Terapêutica médica de acordo com as diretrizes.
- Novos stents de hastes finas, polímero bioabsorvível e eluidores de everolimus.
Foi um estudo de braço único em pacientes com múltiplos vasos que investigou o impacto desta nova tecnologia em 450 pacientes que foram comparados com a coorte original do SYNTAX e selecionados com base em uma mortalidade semelhante em 4 anos. Também se comparou de forma exploratória com a coorte histórica que foi submetida a cirurgia.
Em 2 anos, os 454 pacientes da coorte do SYNTAX II tiveram significativamente menos eventos que a coorte histórica equiparada (MACCE SYNTAX II 10,7% vs. SYNTAX 17,4%; HR=0,59; IC 95% 0,40-0,86; p = 0,007). Esta diferença foi conduzida tanto por uma menor taxa de infartos (HR, 0,27; IC 95%, 0,11-0,70; p = 0,007) quanto de revascularização (HR, 0,57; IC 95%, 0,37-0,89; p = 0,014).
Leia também: EuroPCR 2018 | Compare-Acute: FFR ou angioplastia primária no seguimento de 2 anos da revascularização completa.
A mortalidade e o AVC foram semelhantes. A taxa de trombose definitiva do stent foi significativamente menor com a nova estratégia (HR, 0,26; IC 95%, 0,07-0,97; p = 0,045).
A análise exploratória vs. a cirurgia de revascularização miocárdica sugere um resultado equivalente à estratégia SYNTAX II nos pacientes com um escore > 22 e não apenas naqueles pacientes de baixo risco anatômico.
Título original: SYNTAX II: Two-year clinical outcomes of the study using state-of-the-art percutaneous coronary revascularisation in patients with de novo three-vessel disease.
Apresentador: Patrick W. Serruys.
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