EuroPCR 2018 | TRANSIENT trial: Qual é o melhor momento para revascularizar uma SCA com elevação transitória do ST?

Este trabalho teve o objetivo de determinar o melhor momento para revascularizar um paciente admitido com síndrome coronariana aguda (SCA) com supradesnivelamento TRANSITÓRIO do ST.

Fotolia_44479820_XSEsta população corresponde a 15% daqueles pacientes admitidos com supradesnivelamento do ST. A dúvida está entre intervir precocemente para reduzir a área do infarto (ou um eventual reinfarto) ou adiar a intervenção para permitir a estabilização da placa e reduzir a carga trombótica. As diretrizes não consideram este cenário, fato que torna interessante este trabalho do ponto de vista fisiopatológico.

 

O trabalho incluiu 142 pacientes admitidos com supradesnivelamento do segmento ST e presença de dor. Porém, logo após instaurar as primeiras medidas, o ST se nivelou e a dor desapareceu. Os pacientes foram randomizados para angiografia e revascularização imediata vs. tardia. O desfecho primário foi o tamanho do infarto por resonância em 4 dias e o desfecho clínico em 30 dias.


Leia também: EuroPCR 2018 | RADIANCE-HTN SOLO: denervação renal guiada por ultrassom intravascular.


Não se observaram diferenças no desfecho primário entre ambos os braços e os dois tiveram resultados clínicos de curto prazo favoráveis. Observou-se somente que 5,6% dos pacientes randomizados para uma estratégia tardia tiveram que ser encaminhados com urgência à sala de cateterismos por um novo surgimento dos sintomas ou mudanças no eletrocardiograma.

 

Título original: What is the optimal timing of revascularisation in transient STEMI? The TRANSIENT trial.

Apresentador: Lemkes Jorrit.

 

TRANSIENT-TRIAL


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Tratamento antiplaquetário dual em pacientes diabéticos com IAM: estratégia de desescalada

A diabetes mellitus (DM) é uma comorbidade frequente em pacientes hospitalizados por síndrome coronariana aguda (SCA), cuja prevalência aumentou na última década e se...

COILSEAL: Utilização de coils na angioplastia coronariana: uma ferramenta de valor nas complicações?

A utilização de coils como ferramenta de oclusão vascular tem experimentado uma expansão progressiva, partindo de seu uso tradicional em neurorradiologia até incorporar-se ao...

Tratamento da reestenose intrastent em vasos pequenos com balões recobertos de paclitaxel

A doença arterial coronariana (DAC) em vasos epicárdicos de menor calibre se apresenta em 30% a 67% dos pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea...

Perfurações coronarianas e o uso de stents recobertos: uma estratégia segura e eficaz a longo prazo?

As perfurações coronarianas continuam sendo uma das complicações mais graves do intervencionismo coronariano (PCI), especialmente nos casos de rupturas tipo Ellis III. Diante dessas...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Impacto da pós-dilatação com balão na durabilidade a longo prazo das biopróteses após o TAVI

A pós-dilatação com balão (BPD) durante o implante percutâneo da válvula aórtica (TAVI) permite otimizar a expansão da prótese e reduzir a insuficiência aórtica...

TAVI em insuficiência aórtica nativa pura: são realmente superiores os dispositivos dedicados?

Esta metanálise sistemática avaliou a eficácia e a segurança do implante percutâneo da valva aórtica em pacientes com insuficiência aórtica nativa pura. O desenvolvimento...

Tratamento antiplaquetário dual em pacientes diabéticos com IAM: estratégia de desescalada

A diabetes mellitus (DM) é uma comorbidade frequente em pacientes hospitalizados por síndrome coronariana aguda (SCA), cuja prevalência aumentou na última década e se...