Com a publicação dos resultados das principais vacinas nas revistas de primeira linha é pertinente fazer um resumo de cada uma para podermos dar informações mais precisas a nossos pacientes.
Levando em consideração as diferenças em termos de eficácia, segurança, logística e confiança subjetiva de acordo com a origem de cada uma das vacinas, era necessário termos informação robusta para fundamentar nossos conselhos.
Nesta oportunidade analisaremos a vacina da Moderna, que é uma nanopartícula lipídica que encapsula mRNA para codificar a proteína spike do vírus SARS-CoV-2, causante da COVID-19. O trabalho foi recentemente publicado no NEJM.
Este trabalho em fase 3 foi randomizado, cego, controlado com placebo e realizado em 99 centros dos Estados Unidos. As pessoas com alto risco de se infectarem foram designadas de forma aleatorizada a receber 2 injeções intramusculares de mRNA-1273 (100 ug) vs. placebo. As doses foram administradas em um lapso de 28 dias entre a primeira e a segunda injeção.
O desfecho primário foi a prevenção da infecção por COVID-19 ao menos 14 dias após a segunda dose em participantes que não tinham estado infectados previamente.
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O trabalho incluiu 30.420 voluntários randomizados 1:1 à vacina ou placebo.
Mais de 96% da população recebeu ambas as doses e 2,2% do basal tinha evidência sorológica de já ter padecido a infecção.
A infecção sintomática por COVID-19 se confirmou em 185 pacientes do grupo placebo vs. 11 do grupo vacina, o que resulta em uma eficácia de 94,1% (IC 95%, 89,3 a 96,8%; p < 0,001).
A eficácia foi similar na análise secundária que incluiu um corte 14 dias após a primeira dose, participantes com evidência de terem padecido a infecção previamente e pacientes a partir de 65 anos.
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Trinta participantes (todos do grupo placebo) sofreram um curso severo da doença, dentre os quais 1 pessoa faleceu.
Após a vacinação os efeitos moderados transitórios foram mais frequentes no grupo que recebeu a vacina. Os eventos severos foram raros e similares em ambos os segmentos.
Conclusão
A vacina mRNA-1273 (Moderna) mostrou uma eficácia de 94,1% em prevenir a COVID-19, incluindo um curso severo da doença. Para além de reações locais ou sistêmicas transitórias não foram observados eventos que colocassem em dúvida a segurança da vacina.
Título original: Efficacy and Safety of the mRNA-1273 SARS-CoV-2 Vaccine. For the COVE Study Group.
Referência: L.R. Baden et al. N Engl J Med. 2021 Feb 4;384(5):403-416. doi: 10.1056/NEJMoa2035389.
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Qual é a eficácia da Coronavac para prevenir as formas moderadas e severas?
Prezado, Até o momento existem apenas resultados preliminares da fase 3 (divulgados pelo próprio instituto de pesquisa), mas ainda não há publicações oficiais a respeito. Quando forem publicados, iremos publicá-los em nosso site.