Os pacientes com fibrilação atrial que são submetidos a angioplastia coronariana se beneficiam com a monoterapia com rivaroxabana tanto em termos de segurança como de eficácia.
O estudo AFIRE incluiu 2215 pacientes com fibrilação atrial e doença coronariana estável. Uma análise de subgrupos recentemente publicada no JACC Intv avaliou os pacientes que foram submetidos a angioplastia coronariana com stent.
Comparou-se a coorte que recebeu rivaroxabana mais terapia antiplaquetária (terapia combinada) vs. rivaroxabana como monoterapia.
Observou-se que na população geral a rivaroxabana foi não inferior à terapia combinada em termos de eficácia, e foi superior no que se refere à segurança. No entanto, 1444 pacientes que foram submetidos a angioplastia com implante de stent apresentaram eventos trombóticos ao suspender a terapia antiplaquetária.
Neste estudo de subgrupos analisou-se, por um lado, uma combinação de eficácia (AVC, embolia sistêmica, infarto, angina instável com necessidade de revascularização e morte por qualquer causa) e, por outro, os sangramentos maiores.
Tanto em termos de eficácia como de segurança a monoterapia com rivaroxabana foi superior à terapia combinada (HR 0,7; p = 0,036 para eficácia e HR 0,55; p = 0,019 para segurança).
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O benefício foi crescendo à medida que o tempo entre a angioplastia e a inclusão do paciente foi aumentando.
Conclusão
Em pacientes com FA e angioplastia coronariana a monoterapia de rivaroxabana foi superior em termos de segurança e eficácia à terapia combinada (rivaroxabana mais antiagregação plaquetária).
Título original: Rivaroxaban Monotherapy in Patients With Atrial Fibrillation After Coronary Stenting: Insights From the AFIRE Trial.
Referência: Tetsuya Matoba et al. J Am Coll Cardiol Intv. 2021 Nov, 14 (21) 2330–2340.
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