Segundo esta nova metanálise (apresentada no AHA 2021 e publicada no The Lancet), a mortalidade foi similar entre a cirurgia e angioplastia para tratar o tronco da coronária esquerda em pacientes com anatomia simples ou intermediária.
Este novo estudo estimou que após 5 anos a mortalidade com cirurgia seria de 11,2% vs. 10,2% com angioplastia, uma diferença não significativa.
Há anos que o debate vem se dando e a explosão ocorreu com a publicação dos resultados do EXCEL com seguimento de 5 anos, no qual se assinala que a angioplastia tinha menor mortalidade que a cirurgia. Imediatamente depois dessa publicação, a Sociedade de Cirurgia Torácica retirou seu apoio das últimas diretrizes devido ao fato de uma investigação da BBC ter sugerido manipulação dos dados. Pouco depois publicou-se o seguimento de 5 anos do NOBLE, com resultados a favor da cirurgia.
Em tal contexto, a ideia da presente metanálise era colocar panos frios na situação com resultados confiáveis, somando 4.394 pacientes do EXCEL, do NOBLE, do SYNTAX e do PRECOMBAT. Todos os pacientes tinham ao menos 5 anos de seguimento clínico.
A diferença absoluta de risco entre as duas estratégias de revascularização foi de 0,9% a favor da cirurgia, embora dita diferença não tenha sido significativa.
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Tomando como base somente o SYNTAX e o PRECOMBAT, os únicos com dados de 10 anos de seguimento, chegou-se à mesma conclusão.
Título original: Percutaneous coronary intervention with drug-eluting stents versus coronary artery bypass grafting in left main coronary artery disease: an individual patient data meta-analysis.
Referência: Marc S Sabatine et al. Presentado en el congreso AHA 2021 y publicado simultáneamente en Lancet. 2021 Nov 12;S0140-6736(21)02334-5. Online ahead of print. doi: 10.1016/S0140-6736(21)02334-5.
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