Metanálise de acesso radial distal vs. acesso radial convencional

O acesso radial se tornou a via de preferência para intervenções diagnósticas e terapêuticas. No entanto, aproximadamente 7% dos pacientes apresentam oclusão da artéria radial (RAO), o que não se expressa por sintomas clínicos. A ocorrência de RAO é um limite para futuras intervenções, reduz o uso potencial como conduto para bypass aortocoronarianos e como criação de fístula arteriovenosa para hemodiálise. 

Función de la mano luego del acceso radial distal, ¿es seguro?

É por isso que o acesso radial distal (DRA) foi introduzido como uma alternativa para procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Estudos randomizados demonstraram menor taxa de RAO com o acesso distal. 

O objetivo desta metanálise foi avaliar os efeitos do DRA vs. acesso radial convencional nos procedimentos angiográficos e intervenção. 

O desfecho primário (DP) foi a presença de RAO no seguimento. O desfecho secundário (DS) foi a presença de RAO intra-hospitalar, além de hematomas locais, espasmo radial, tempo de punção da artéria radial bem-sucedida, quantidade de tentativas de punção radial, tempo até a inserção do introdutor, quantidade de contraste administrado, tempo de fluoroscopia e mudança de acesso. 

Foram incluídos 6208 pacientes de um total de 14 estudos randomizados. No que se refere ao DP, o uso de DRA se associou a menor risco de RAO no seguimento de até 60 dias (RR: 0,36; 95% CI: 0,23-0,56; p < 0,001; NNTB = 30), menor taxa de RAO intra-hospitalar (RR: 0,32; 95% CI: 0,19- 0,53; p < 0,001; NNTB = 28) e menor hematoma EASY ≥ 2 (RR: 0,51; 95% CI: 0,27-0.96; P ¼ 0,04; NNTB = 107).

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No que diz respeito ao DS, não houve diferenças na taxa de hematoma local, espasmo radial ou tempo de hemostasia. No entanto, o uso de DRA se associou a maior tempo de punção da artéria radial (p < 0,001), tempo de inserção do introdutor (P < 0,01), mais tentativas de punção (p < 0,001) e maior taxa de mudança de acesso (p < 0,001). 

Conclusão

Esta metanálise de estudos randomizados comparando DRA vs. acesso radial convencional entre pacientes que são submetidos a estudos angiográficos e/ou intervenção terapêutica demonstrou que o DRA se associou a menor risco de RAO e de hematoma. No entanto, requereu maior tempo de punção e inserção do introdutor, mais tentativas de punções e alta taxa de mudança de acesso. 

Dr. Andrés Rodríguez.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.

Título Original: Distal vs Conventional Radial Access for Coronary Angiography and/or Intervention A Meta-Analysis of Randomized Trials.

Referência: Giuseppe Ferrante, MD, PHD et al J Am Coll Cardiol Intv 2022;15:2297–2311.


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