Os pacientes com infartos agudos extensos podem desenvolver choque cardiogênico, associado com uma importante contração derivada da isquemia. Com frequência, ditos pacientes apresentam doença coronariana multivaso.
Foram analisados 355 pacientes com SCACEST, todos do estudo DanGer Shock, cujo critério de inclusão foi a lactacidemia ≥ 2,5 mmol/L e fração de ejeção ≤ 45%. Pacientes em coma foram excluídos.
Esta análise post hoc avaliou a mortalidade por todas as causas segundo a estratégia de revascularização empregada: angioplastia unicamente do vaso culpado (VC-PCI, n = 118) versus angioplastia imediata de múltiplos vasos (MV-PCI, n = 103).
A mortalidade por todas as causas foi menor no grupo MV-PCI em comparação com o grupo VC-PCI (OR: 0,65; IC de 95%: 0,38–1,11). Após o ajuste por fatores de confusão, a associação foi ainda mais significativa (OR: 0,40; IC de 95%: 0,19–0,83).
Os autores concluíram que, nesta subanálise, a estratégia de revascularização completa imediata (MV-PCI) se associou com uma redução na mortalidade em seguimento de 180 dias em pacientes com choque cardiogênico derivado de SCACEST. Este achado contrasta com os resultados de estudos paradigmáticos prévios, como o CULPRT-SHOCK.
Apresentado por R. P. Beske no Major Late Breaking Trials, EuroPCR 2025, 21 de maio, Paris, França.
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