Quase 30% dos pacientes apresentam algum grau de injúria miocárdica pós-angioplastia eletiva e isso se associa a um aumento dos eventos cardiovasculares em 30 dias e em um ano segundo este estudo recentemente publicado no European Heart Journal.

Este trabalho incluiu todos os pacientes consecutivos que receberam angioplastia eletiva com troponina negativa na admissão. O desfecho primário foi definido como uma combinação de infarto periprocedimento (infarto tipo 4a), trombose do stent (tipo 4b) e injúria miocárdica de acordo com a terceira definição universal de infarto.

Realizou-se uma análise multivariada para identificar os preditores independentes de infarto e injúria miocárdica e sua relação com os eventos em 30 dias e um ano.

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Dos 1.390 pacientes que receberam angioplastia eletiva, o desfecho primário foi observado em 28,7% dos casos, incluindo 7% de infartos tipo 4a, 0,14% de infartos tipo 4b e 21,6% de injúrias miocárdicas.

Os fatores de risco independente foram a doença do tronco, uma extensão total coberta por stent > 30 mm, múltiplos stents, doença renal crônica (filtração glomerular estimada < 60 ml/min) e uma idade > 75 anos.

Em 30 dias os pacientes que apresentaram infarto periprocedimento ou injúria miocárdica tiveram uma maior taxa de eventos cardiovasculares (5,5% vs. 1,2%; p < 0,001), principalmente devido aos eventos isquêmicos (3,2% vs. 0,6%; p < 0,0001).

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Em um ano o risco de eventos continuou sendo maior naqueles pacientes com infarto periprocedimento ou injúria miocárdica (p = 0,004).

Conclusão

O infarto periprocedimento e a injúria miocárdica são uma complicação frequente das angioplastias eletivas e estão associados a um aumento dos eventos cardiovasculares em 30 dias e em um ano.

Título original: Periproceduralmyocardial infarction and injury in elective coronary stenting.

Referência: Michel Zeitouni et al. Eur Heart J. 2018 Apr 1;39(13):1100-1109.

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