Eventos clínicos após adiamento do tratamento da DA com FFR ou iFR

O iFR surge como uma opção muito segura para diferir lesões mesmo em uma artéria como a descendente anterior (DA). Os casos diferidos com iFR mostraram significativamente menos eventos que aqueles diferidos a partir do FFR.

La performance diagnóstica del iFR hace temblar al FFRTanto os cardiologistas clínicos quanto os intervencionistas muitas vezes não se sentem cômodos com o fato de adiar o tratamento de uma estenose angiográfica na DA devido à percepção de um maior risco que nas outras artérias. Se a avaliação funcional não é significativa eles buscam desculpas para realizar IVUS ou alguma outra avaliação para terminar tratando uma lesão, que, para além da angiografia, não gerava isquemia.

 

Utilizando o estudo DEFINE-FLAIR (Functional Lesion Assessment of Intermediate Stenosis to Guide Revascularization) os autores descrevem os eventos de diferimento de lesões utilizando avaliação funcional invasiva, seja com fluxo fracionado de reserva (FFR), seja com o índice no período livre de ondas (iFR).


Leia também: Até quando devemos esperar nos casos de estenose aórtica com fração de ejeção conservada?


Comparou-se a taxa de eventos adversos cardíacos maiores combinados (MACE) após um ano entre os pacientes cujas lesões na DA foram diferidas utilizando FFR vs. iFR. O MACE foi definido como uma combinação de morte cardiovascular, infarto agudo do miocárdio e revascularização não planificada após um ano. Tanto os pacientes quanto os médicos encarregados do seguimento foram cegos para a decisão tomada com base no FFR ou no iFR.

 

Em total, 872 pacientes tiveram lesões angiográficas na DA que foram diferidas (421 guiadas por FFR e 451 guiadas por iFR).


Leia também: Segurança dos programas de vigilância de Aneurismas de Aorta Abdominal.


A taxa de eventos foi significativamente menor quando se utilizou iFR que quando se utilizou FFR (2,44% vs. 5,26%; HR: 0,46; IC 95%: 0,22 a 0,95; p = 0,04), o que foi conduzido por uma significativamente menor revascularização não planificada com iFR (2,22% iFR vs. 4,99% FFR; p = 0,03) e uma menor taxa de infarto que não alcançou a significância, embora numericamente chame a atenção (0,44% iFR vs. 2,14% FFR; p = 0,06).

 

Título original: Clinical Events After Deferral of LAD Revascularization Following Physiological Coronary Assessment.

Referência: Sayan Sen et al. J Am Coll Cardiol 2019;73:444–53.

 

444-abierto.full


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

AHA 2025 | TUXEDO-2: manejo antiagregante pós-PCI em pacientes diabéticos multivaso — ticagrelor ou prasugrel?

A escolha do inibidor P2Y12 ótimo em pacientes diabéticos com doença multivaso submetidos a intervenção coronariana percutânea (PCI) se impõe como um desafio clínico...

AHA 2025 | DECAF: consumo de café vs. abstinência em pacientes com FA — recorrência ou mito?

A relação entre o consumo de café e as arritmias tem sido objeto de recomendações contraditórias. Existe uma crença estendida de que a cafeína...

AHA 2025 | Estudo OCEAN: anticoagulação vs. antiagregação após ablação bem-sucedida de fibrilação atrial

Após uma ablação bem-sucedida de fibrilação atrial (FA), a necessidade de manter a anticoagulação (ACO) a longo prazo continua sendo incerta, especialmente considerando que...

AHA 2025 | VESALIUS-CV: evolocumabe em pacientes de alto risco cardiovascular sem antecedentes de IAM nem de AVC

O colesterol LDL é um fator bem estabelecido na gênese da doença cardiovascular. A terapia com inibidores de PCSK9, incluindo entre estes o evolocumabe,...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Webinar SOLACI – SELUTION: Balão eluente de sirolimus para lesões coronárias de novo – Novas evidências e perspectivas clínicas

A Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista convida você a participar de um novo evento científico virtual, dedicado às mais recentes evidências e perspectivas clínicas...

Impacto da Pressão Arterial Sistólica Basal nas Alterações Pressóricas após a Denervação Renal

A denervação renal (RDN) é uma terapia recomendada pelas diretrizes para reduzir a pressão arterial em pacientes com hipertensão não controlada, embora ainda existam...

AHA 2025 | DAPT-MVD: DAPT estendido vs. aspirina em monoterapia após PCI em doença multivaso

Em pacientes com doença coronariana multivaso que se mantêm estáveis 12 meses depois de uma intervenção coronariana percutânea (PCI) com stent eluidor de fármacos...