Resultados em dois anos dos stents eluidores de zotarolimus vs. stents livres de polímeros eluidores de biolimus. São seguros em pacientes com alto risco de sangramento?

É cada vez mais frequente que os pacientes tratados com angioplastia coronariana (ATC) apresentem um alto risco de sangramento. Em ditos pacientes, a terapia antitrombótica dual estendida aumenta o risco de sangramento.

Resultados a 2 años de los stents liberadores de Zotarolimus vs stents libres de polímero liberadores de Biolimus. ¿Son seguros en pacientes con alto riesgo de sangrado?

O estudo Onyx One, randomizado a 1 ano, demonstrou a não inferioridade dos stents eluidores de zotarolimus (ZES) vs. BioFreedom (DCS) (stent livre de polímero recoberto com biolimus). Os pacientes recebiam DAPT até o primeiro mês após a ATC, e posteriormente continuavam com SAPT. 

O objetivo deste estudo foi apresentar os resultados de 2 anos. 

O desfecho primário (DP) foi uma combinação de morte cardiovascular, IAM e trombose de stent provável ou definitiva. O desfecho secundário (DP) foi a falha de lesão tratada. 

Analisaram-se 1996 pacientes, 1003 dos quais randomizados ao grupo ZES e 993 ao grupo DCS. A idade média foi de 74 anos e a maioria da população estava composta por homens. 52% dos pacientes se apresentavam com síndrome coronariana aguda (mais frequentemente IAMSEST).

Leia também: ATC em artérias nativas ou pontes venosas, qual das duas tem melhor prognóstico?

Não houve diferenças no DP nem no DS entre os dois grupos no seguimento de dois anos. 

Conclusão

Entre os pacientes com alto risco de sangramento tratados com 1 mês de DAPT seguido de SAPT, os stents Resolute Onyx tiveram similar resultado em termos de segurança e efetividade em comparação com os stents BioFreedom em 2 anos de seguimento. 

Dr. Andrés Rodríguez
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.

Título Original: Polymer-Based Versus Polymer-Free Stents in High Bleeding Risk Patients Final 2-Year Results From Onyx ONE.

Referência: Stephan Windecker, MD et alJ Am Coll Cardiol Intv 2022;15:1153–1163.


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