Esta análise retrospectiva de 4 anos mostrou que um protocolo de seguimento pós-reparação endovascular baseado em ecografia com contraste é seguro e efetivo. A mortalidade relacionada ao aneurisma, a taxa de reintervenções, a retração do saco e a detecção de endoleaks foram similares às dos protocolos de seguimento baseados em tomografias.
Neste trabalho o eco-Doppler e o eco com contraste foram as principais modalidades de seguimento. A tomografia ficou reservada para aqueles casos não diagnósticos, imagens duvidosas ou para os casos em que há planificação de uma reintervenção. Este protocolo utilizado nos últimos 4 anos reduziu em 90% a indicação de tomografias e, portanto, a exposição dos pacientes a radiações ionizantes.
Este centro de referência baseou seu plano de seguimento no eco-Doppler deixando a tomografia para os casos não diagnósticos no período entre 1999 e 2011 (grupo A). Desde 2012 foi introduzido o eco com contraste para aqueles casos nos quais o Doppler convencional detectasse um endoleak, fosse observado um crescimento do saco > 5 mm em 6 meses ou de maneira rotineira para os pacientes com insuficiência renal ou alergia ao contraste.
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Foram incluídos um total de 880 pacientes (idade média: 75,6 ± 8,4 anos; 824 masculinos) que receberam endoprótese entre 1999 e 2015 com pelo menos um ano de seguimento (média de 48 meses).
Durante esse período realizaram-se 318 ecografias com contraste sem complicações relacionadas.
As indicações para o eco com contraste foram a presença de endoleak (50% dos casos), expansão do saco (11%), insuficiência renal em estágio 3 ou maior (29%) e alergia ao contraste iodado (10%).
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A ecografia com contraste mostrou 100% de sensibilidade e 100% de especificidade para classificar os endoleaks.
Não houve diferenças de eventos entre os diferentes grupos de pacientes e o uso da tomografia se reduziu 90%.
Conclusão
A introdução da ecografia realçada com contraste como base do protocolo de seguimento pós-reparação endovascular de endoprótese foi tão segura e efetiva para a detecção de endoleaks quanto os protocolos publicados até o momento baseados em tomografia. Isso permitiu uma redução de 90% do uso de tomografia com a conseguinte redução da exposição a radiações ionizantes.
Título original: Endovascular Aortic Repair Follow up Protocol Based on Contrast Enhanced Ultrasound Is Safe and Effective.
Referência: Emiliano Chisci et al. Eur J Vasc Endovasc Surg (2018). Article in press.
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