Vários estudos recentes (e não tão recentes também) compararam a angioplastia no tronco da coronária esquerda (TCE) vs. a cirurgia de revascularização miocárdica. Todos somam um enorme corpo de evidência, mas o seguimento não superou os 5 anos. Este trabalho – apresentado no TCT 2018 e simultaneamente publicado no JACC – teve como objetivo principal levar a 10 anos o seguimento (mediana 12 anos).
O registro MAIN COMPARE incluiu 2.240 pacientes com lesão de TCE (1.102 receberam angioplastia e 1.138 foram submetidos a cirurgia) entre 2000 e 2006. Do total que recebeu angioplastia, 318 receberam stents convencionais.
O desfecho primário foi uma combinação de morte, infarto, AVC e revascularização do vaso alvo. Foram utilizadas diferentes ferramentas estatísticas para comparar as populações.
Na coorte geral não se observaram diferenças em termos de morte, infarto ou AVC, mas sim em revascularização, especialmente considerando que ao redor de 30% dos pacientes receberam stents convencionais.
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Ao considerar a coorte que recebeu DES não houve diferença no desfecho combinado em 5 anos, embora para além dos 5 anos aqueles que receberam angioplastia tenham apresentado um maior risco de morte e de eventos combinados que os que foram submetidos a cirurgia. Tal diferença desapareceu ao comparar as populações usando propensity score, como estava pré-especificado.
Título original: Ten-Year Outcomes of Stents versus Coronary-Artery Bypass Grafting for Left Main Coronary Artery Disease.
Apresentador: Seung-Jung Park.
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