Os DES e os DEB apresentam resultados similares no território femoropoplíteo

Gentileza do Dr. Carlos Fava.

As intervenções periféricas se encontram, atualmente, em ascensão e o desenvolvimento das tecnologias nos stents e nos balões ajudaria a obter melhores resultados. Tanto os stents eluidores de droga (DES) como os balões farmacológicos (DEB) têm demonstrado benefício no território femoropoplíteo, mas não fica claro qual é o verdadeiro papel de cada uma destas tecnologias.

DES de 2.0 mm para vasos muy pequeños: ¿Es viable?Este estudo prospectivo e randomizado 1:1 incluiu 15 pacientes com claudicação intermitente, lesões no território femoropoplíteo e com categoria funcional 2 a 5 de Rutherford.

 

O stent utilizado foi o Zilver PTX platform stent (Cook Medical) e balão foi o In.Pact Admiral ou o In.Pact Pacific (Medtronic Vascular).

 

As características dos dois grupos foram similares: a idade média foi de 69 anos, 24% eram diabéticos, a maioria estava em categoria 2-3, 20% dos pacientes apresentavam deterioro da função renal, o comprimento da lesão era de 150 mm e a metade dos pacientes apresentava oclusões totais.


Leia também: AHA 2018 | DES de última geração similares aos de 2° geração apesar do polímero.


No grupo DEB o bailout foi de 25%. Além disso, a lesão residual ≥ 30% também foi maior nesse grupo.

 

A perviedade primária após 12 meses foi similar em ambos os grupos (79,9% DEB, 79,3% DES; rate difference 0,6%; 95% CI: 13%-14,2%; p = 0,96) e após 3 anos houve uma tendência a favor dos DES. Não foram observadas diferenças em termos de mortalidade nem em termos de amputações. A melhora foi similar em ambos os grupos.

 

Conclusão

A perviedade após 12 meses, a efetividade e a segurança são comparáveis nos DES versus os DEB mais bailout com stent nas intervenções femoropoplíteas. Houve uma tendência de superioridade dos DES sobre os DEB após 36 meses.

 

Gentileza do Dr. Carlos Fava.

 

Título original: Drug-Eluting Stent Versus Drug-Coated Balloon Revascularization in Patients With Femoropopliteal Arterial Disease.

Referência: Yvonne Bausback, et al. J Am Coll Cardiol 2019;73:667–79.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Pré-tratamento com DAPT em síndromes coronarianas agudas: continua sendo um debate não resolvido?

Na síndrome coronariana aguda (SCA), a terapia antiplaquetária dual (DAPT) representa um pilar fundamental após a intervenção mediante angioplastia coronariana percutânea (PCI), ao prevenir...

Outro revés para o balão de contrapulsação? Um estudo randomizado sobre seu uso em insuficiência cardíaca crônica que progride para choque cardiogênico

O choque cardiogênico (CC) continua sendo uma entidade de altíssima mortalidade (aproximadamente 50%). Embora a maioria das terapias em dito contexto tenham sido estudadas...

Marcadores cardíacos como preditores de risco cardiovascular: utilidade para além da síndrome coronariana aguda?

As troponinas cardíacas de alta sensibilidade (TnT e TnI) são um dos pilares fundamentais no diagnóstico da síndrome coronariana aguda (SCA). No entanto, sua...

Perviedade radial em procedimentos coronarianos: a heparina é suficiente ou deveríamos buscar a radial distal?

O acesso radial é a via de escolha na maioria dos procedimentos coronarianos devido à redução nas taxas de mortalidade demonstradas em comparação com...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Pré-tratamento com DAPT em síndromes coronarianas agudas: continua sendo um debate não resolvido?

Na síndrome coronariana aguda (SCA), a terapia antiplaquetária dual (DAPT) representa um pilar fundamental após a intervenção mediante angioplastia coronariana percutânea (PCI), ao prevenir...

Gradientes pós-TAVI e as consequências de sua mensuração: são equiparáveis a medição invasiva e a ecográfica?

O implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) é considerado o tratamento de escolha em uma porcentagem significativa de pacientes com estenose aórtica sintomática. Seus...

Outro revés para o balão de contrapulsação? Um estudo randomizado sobre seu uso em insuficiência cardíaca crônica que progride para choque cardiogênico

O choque cardiogênico (CC) continua sendo uma entidade de altíssima mortalidade (aproximadamente 50%). Embora a maioria das terapias em dito contexto tenham sido estudadas...