Apixabana: uma alternativa para a fibrilação atrial no TAVI?

Gentileza do Dr. Carlos Fava.

Apixabana fibrilação atrial no TAVIA prevalência de fibrilação atrial nos pacientes que recebem implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) é alta (32,9% segundo o PARTNER Trial e 46,8% no CoreValve High-Risk Study) e, da mesma forma que para o restante da população, associa-se a eventos tromboembólicos.

 

O apixabana demonstrou seu benefíco na fibrilação atrial não valvar, mas seu efeito não foi investigado no TAVI.

 

Foram incluídos 617 pacientes, dos quais 345 (55,9%) apresentavam ritmo sinusal (RS) e 272 (44,1%) apresentavam fibrilação atrial.

 

Os pacientes com fibrilação atrial apresentaram idade mais avançada, mais comorbidades e um STS mais alto, assim como os escres de risco de AVC e sangramento.

 

Em 30 dias, o desfecho de segurança (critérios VARC-2) foi mais frequente nos pacientes que apresentavam fibrilação atrial (23,2% vs. 11%; p < 0,01). Além disso, ditos pacientes apresentaram mais sangramento que compr0metia a insuficiência renal.

 

A mortalidade cardíaca e não cardíaca após os primeiros 30 dias e em um ano foi menor nos que apresentavam RS (21,7% vs. 10,1%; p < 0,01).

 

Dos pacientes que apresentaram fibrilação atrial, 141 receberam apixabana e 131 receberam antagonistas da vitamina K. O desfecho de segurança em 30 dias foi menor nos pacientes que receberam apixabana (13,5% vs. 30,5%; p < 0,01) com uma menor taxa de sangramento que comprometia a vida (3,5% vs. 5,3%; p < 0,01) e uma diferença numérica não significativa a favor do apixabana em AVC (2,1% vs. 5,3%; p = 0,17).

 

Conclusão

Nos pacientes que recebem TAVI, a fibrilação atrial se associa a uma taxa significativamente mais alta de mortalidade por qualquer causa em 12 meses. O desfecho de segurança nos pacientes com fibrilação atrial anticoagulados com apixabana foi significativamente menos frequente que nos pacientes que receberam antagonistas da vitamina K.

 

Comentário editorial

A presença de fibrilação atrial é alta nos pacientes de alto risco que recebem TAVI e o desenvolvimento de nova fibrilação atrial é de 7% e está relacionado com um impacto negativo em um ano.

 

O desenvolvimento dos novos anticoagulantes demonstrou ser benéfico na FA não valvar mas não nos implantes valvares.

 

Gentileza do Dr. Carlos Fava. Fundação Favaloro, Buenos Aires, Argentina.

 

Título original: Apixaban in Patients With Atrial Fibrillation After Transfemoral Aortic Valve Replacement.

Referencia: Julia Seeger et al.  J Am coll Cardiol Intv 2017;10:66-74.


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