ACC 2019 | SMART-CHOICE: a aspirina cada vez mais “na corda bamba”

Este trabalho (que foi apresentado na mesma sessão do ACC 2019 que o STOPDAPT-2) incluiu 2.993 pacientes que receberam angioplastia com a atual geração dos stents Xience, Promus, Synergy ou Orsiro em 33 centros da Coreia. Ditos pacientes foram randomizados a receber 12 meses de dupla antiagregação vs. suspender a aspirina após 3 meses de administração.

ACC 2019 | SMART-CHOICE: la aspirina cada vez más “contra las cuerdas”Não se observaram diferenças entre um esquema curto ou longo de dupla antiagregação no desfecho primário combinado (morte, infarto, AVC), que foi de 2,9% vs. 2,5%. Esta informação foi checada com uma análise exploratória após 90 dias.

 

Após um ano, os eventos clínicos foram similares entre os dois grupos, com exceção de uma maior taxa de sangramento BARC 2-5 no grupo que recebeu a aspirina durante todo o ano (2,0% vs. 3,4%; HR 0,36; IC 95% 0,36-0,92; p = 0,02).

 

Todos os subgrupos pré-especificados se beneficiaram consistentemente, embora os que receberam prasugrel ou ticagrelor em vez de clopidogrel tenham tendido a ter melhores resultados.


Leia também: ACC 2019 | TAVI em bicúspides é seguro e factível em pacientes selecionados do mundo real.


Este trabalho sugere que a monoterapia com inibidores do receptor P2Y12 após um curto período de dupla antiagregação convencional é uma nova estratégia que parece balancear bem os riscos de sangramento vs. os isquêmicos em pacientes que são submetidos a angioplastia.

 

Uma limitação do estudo foi que 16% dos pacientes randomizados a suspender a aspirina aos 3 meses continuaram recebendo-a.


Leia também: ACC 2019 | PARTNER 3: TAVI em baixo risco com menos eventos que a cirurgia em seguimento de um ano.


 

Título original: P2Y12 inhibitor monotherapy versus dual antiplatelet therapy in patients undergoing percutaneous coronary intervention: the SMART-CHOICE randomized, open-label, noninferiority trial.

Apresentador: Hahn J-Y.


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